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Som misterioso no espaço revela segredos das auroras boreais; escute

Ondas magnéticas aceleram partículas no espaço, criando luzes polares deslumbrantes e auxiliando na previsão de distúrbios tecnológicos e climáticos

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 22 jan 2025, 16h45

Um estudo recente publicado na revista Nature  revelou novos detalhes sobre as chamadas “ondas de coro”, fenômenos eletromagnéticos que interagem com partículas carregadas no espaço. Essas ondas, conhecidas por emitirem sons semelhantes ao canto de pássaros quando convertidas em áudio, ocorrem em regiões de plasma — o quarto estado da matéria. Elas desempenham um papel crucial na formação das auroras boreais, as impressionantes luzes que aparecem nos céus das regiões polares, e nos cinturões de radiação que envolvem a Terra.

Conduzida por cientistas da Universidade Beihang, na China, e baseada em dados da missão Magnetospheric Multiscale (MMS) da NASA, a pesquisa mostrou como essas ondas influenciam tanto os processos espaciais quanto as tecnologias terrestres. O estudo também destacou novas descobertas sobre a origem e o impacto dessas ondas, ampliando nosso conhecimento sobre o comportamento do espaço próximo à Terra.

Escute abaixo a reconstrução de áudio do “canto” das ondas de coro:

O que essas ondas fazem?

As ondas de coro transferem energia de elétrons locais para o campo eletromagnético, acelerando as partículas em direção à alta atmosfera terrestre. Lá, essas partículas colidem com gases como oxigênio e nitrogênio, liberando energia na forma de luzes coloridas, que formam as auroras boreais e austrais. Esse processo explica as tonalidades verdes, vermelhas e roxas que tornam essas luzes tão fascinantes.

Durante esse processo, as alterações no fluxo de elétrons intensificam as ondas, criando efeitos que podem ser convertidos em sons semelhantes a assobios. Essa dinâmica permite aos cientistas entender como a energia espacial pode interferir em tecnologias fundamentais, como sistemas de GPS, comunicações por satélite e redes de energia, que dependem de um funcionamento estável para o dia a dia moderno.

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Por que isso importa para a Terra?

Essas ondas não só criam fenômenos naturais deslumbrantes, mas também podem afetar diretamente nosso dia a dia. Elas interferem em satélites que usamos para navegação e comunicação, podendo causar interrupções em redes de GPS e sinais de telecomunicações. Essa vulnerabilidade é um lembrete da conexão entre eventos espaciais e as tecnologias modernas. Por outro lado, estudar essas ondas permite avanços na criação de tecnologias capazes de proteger equipamentos essenciais contra os impactos do clima espacial.

Compreender as ondas magnéticas também ajuda a prever fenômenos como as auroras boreais e flutuações nos cinturões de radiação, essenciais para evitar prejuízos em satélites, redes de energia e até nos sistemas de comunicação diários. 

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