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Rosetta: definido local exato de pouso em cometa

A região, conhecida como “ponto J”, fica na parte menor do cometa, e era a primeira opção levantada pelos astrônomos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h09 - Publicado em 15 out 2014, 18h46

A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) definiu nesta quarta-feira que a sonda Rosetta vai enviar o módulo Philae para a primeira opção de pouso analisada pelos cientistas. O local, conhecido como “ponto J”, fica na parte menor do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, que parece ser composto por dois corpos interligados. A missão tem conduzido diversas análises científicas do cometa, considerado um vestígio das fases iniciais do Sistema Solar. Com uma aproximação maior ocorrida nos últimos dias, foi possível realizar uma análise mais detalhada das opções de pouso para o Philae, o que levou à escolha anunciada nesta quarta-feira.

A sonda Rosetta vai liberar o módulo às 5h35 (horário de Brasília) do dia 12 de novembro, a uma distância de aproximadamente 22,5 quilômetros do centro do cometa. O pouso deve ocorrer sete horas mais tarde. Como as mensagens da Rosetta demoram 28 minutos para chegar à Terra, a confirmação deve acontecer às 13h. Está será a primeira tentativa de pouso em cometa já realizada. “Agora que nós sabemos definitivamente no que estamos mirando, estamos um importante passo mais perto de realizar essa excitante – mas arriscada – operação. Ainda há, no entanto, um grande número de passos a serem completados antes que possamos dar a confirmação final para o pouso”, afirma Fred Jansen, diretor da missão Rosetta na ESA.

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Confirmação final – Cerca de duas horas antes da separação do módulo Philae, a Rosetta precisará fazer uma manobra para poder liberar o módulo na trajetória correta para chegar ao cometa. A confirmação final por parte da ESA deve ocorrer logo após essa manobra. Depois da separação, Rosetta vai se mover para cima, afastando-se do cometa. Durante as sete horas até o momento do pouso, Philae vai realizar fotografias e experimentos científicos, coletando amostras de poeira, gás e plasma no ambiente próximo ao cometa. Uma vez na superfície, o módulo vai fazer um panorama de seu redor, que só deve chegar à Terra horas depois. A primeira sequência de experimentos na superfície do cometa deve começar uma hora após o pouso e terá duração de 64 horas.

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Espera-se que em março de 2015, com o cometa se aproximando do Sol, as temperaturas se elevem muito, fazendo com que Philae deixe de operar. A missão da Rosetta, porém, vai continuar, acompanhando o aumento de atividade no 67P/Churyumov-Gerasimenko até sua aproximação máxima do Sol, em agosto do ano que vem.

Dez anos de Rosetta – Lançada em 2 de março de 2004, a bordo do foguete Ariane 5, do Centro Espacial Europeu de Kourou, na Guiana Francesa, Rosetta tem previsão de funcionar até 31 de dezembro de 2015. Após seu lançamento, a missão, que tem um custo estimado em 1 bilhão de euros (cerca de 3 bilhões de reais), realizou três voltas ao redor da Terra, para ganhar impulso, e uma ao redor de Marte. Rosetta também foi o primeiro objeto a se aproximar de Júpiter, usando seus painéis solares como principal fonte de energia.

Em 20 de janeiro, a sonda foi reativada, depois de 957 dias “hibernando” no espaço. Com a entrada na órbita do 67P/Churyumov-Gerasimenko, em agosto, Rosetta tem acompanhado o cometa em sua viagem em direção ao Sol, para monitorar as mudanças que acontecerão no corpo celeste durante este trajeto, até que ele atinja o ponto mais próximo à estrela. Por serem “sobras” da formação do nosso Sistema Solar, a composição dos cometas pode dar pistas importantes sobre o surgimento da vida na Terra e a evolução do Universo.

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