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Quadro do Monty Python inspira estudo sobre gasto de energia

Pesquisadores americanos fizeram voluntários caminharem como John Cleese e Michael Palin no 'Ministério dos Passos Bobos' para medir suas performances

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 23 dez 2022, 07h00 • Atualizado em 23 dez 2022, 10h07
  • Fã de Monty Python e especialista no estudo do gasto de energia humana durante a realização de esforço, o fisiologista americano Glenn Gaesser, da Universidade Estadual do Arizona, teve uma ideia que uniria o útil ao agradável. “Achei que seria divertido verificar o gasto de energia das caminhadas de John Cleese e Michael Palin no quadro Ministério dos Passos Bobos“, escreveu Gaesser a VEJA. O estudo foi publicado na edição de Natal da revista científica The BMJ, que tradicionalmente reúne textos peculiares, artigos divertidos e pesquisas originais — a publicação avisa que todos são “reais” e passam pelo processo normal de revisão.

    Para quem não está familiarizado com o lendário grupo britânico, o Monty Python era conhecido por seu senso de humor absurdo e surreal. Além de Cleese e Palin, era formado também por Graham Chapman, Terry Gilliam, Eric Idle e Terry Jones. Com o programa Monty Python’s Flying Circus, que foi ao ar de 1969 a 1974, no Reino Unido, eles revolucionaram a comédia televisiva e sua fama ganhou o mundo. Além disso, eles também fizeram vários filmes juntos, incluindo Monty Python e o Santo Graal, A Vida de Brian e O Sentido da Vida.

    Lançado em 1971 no Monty Python’s Flying Circus, o quadro Ministério dos Passos Bobos trazia Cleese no papel do Sr. Teabag e Palin no do Sr. Putey, dois funcionários do governo que se movimentavam de forma nada natural e totalmente estapafúrdia. O estudo mostra que os estilos de caminhada ineficientes de ambos demonstraram ser mais variáveis do que a caminhada normal, mas seu gasto de energia nunca foi medido. O que a equipe de pesquisadores americanos liderada por Gaesser fez foi comparar o gasto de energia da caminhada de baixa eficiência com a caminhada de alta eficiência.

    As descobertas dos pesquisadores são baseadas em dados de 13 adultos saudáveis (seis mulheres, sete homens) com idades entre 22 e 71 anos (idade média de 34 anos), sem histórico de doenças cardíacas ou pulmonares e sem distúrbios de marcha conhecidos. No primeiro teste, os participantes caminharam em seu estilo habitual em um ritmo livremente escolhido. Nas dois seguintes, eles foram convidados a recriar, da melhor maneira possível, as caminhadas do Sr. Teabag e do Sr. Putey que viram em um vídeo.

    Voluntária reproduz passos do Sr. Teabag (John Cleese, à direita) no quadro 'Ministério dos Passos Bobos' do programa 'Monty Python Flying Circus' -
    Voluntária reproduz passos do Sr. Teabag (John Cleese, à direita) no quadro ‘Ministério dos Passos Bobos’ do programa ‘Monty Python Flying Circus’ – (Glenn Gaesser et all/Reprodução)
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    A distância percorrida durante as caminhadas de cinco minutos foi usada para calcular a velocidade média de cada um. O consumo de oxigênio, o gasto energético e a intensidade do exercício – a quantidade de calorias gastas por minuto de atividade física – também foram medidos. Os pesquisadores descobriram que apenas a caminhada ao estilo do Sr. Teabag resultou em um gasto de energia significativamente maior – cerca de 2,5 vezes a caminhada normal.

    A velocidade média de caminhada dos adultos é de aproximadamente 5 quilômetros por hora, com um gasto energético de cerca de 3 a 4 calorias por minuto. A caminhada do Sr. Teabag realizada peos voluntários exigia que eles gastassem cerca de 12 calorias por minuto (em média), o que é semelhante ao gasto de energia de correr a cerca de 8 a 9,5 quilômetros por hora. “Mesmo que o tamanho da amostra seja pequeno, os resultados são aplicáveis a todos”, escreveu o professor Gaesser. “É seguro dizer que a caminhada do Sr. Teabag aumentaria muito o gasto de energia de qualquer pessoa que a praticasse.”

    Segundo os pesquisadores, explosões de atividade física de um a dois minutos, acumuladas ao longo do tempo, podem produzir benefícios cardiovasculares. Portanto, as pessoas podem se envolver em explosões regulares de caminhada ineficiente, nos horários e locais mais convenientes para elas, inclusive em ambientes fechados. “Nossa análise da energia consumida durante diferentes estilos de caminhada procura capacitar as pessoas a mover seus próprios corpos de maneira mais enérgica e alegre”, escrevem eles.

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