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Por que os homens preferem as mais jovens? A resposta está com as… avós

De acordo com os cientistas, durante a evolução as avós passaram a cuidar das crianças, deixando as jovens mães livres para terem filhos com homens mais velhos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h01 - Publicado em 9 set 2015, 18h38

As avós têm um papel fundamental na evolução humana e podem ser a chave para compreender por que os homens costumam estabelecer relações longas e duradouras com mulheres mais jovens. De acordo com um estudo feito por antropólogos americanos, as avós cuidam das crianças e deixam as mulheres livres para ter novos filhos com os homens mais velhos. Mulheres de mais idade, que provavelmente não têm esse apoio, podem perder na competição pelo companheiro. A análise foi publicada nesta terça-feira (8) no periódico científico Proceedings of the National Academy of Science (Pnas).

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O estudo, liderado pela antropóloga Kristen Hawkes, da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, fez simulações em computador para prever a como se deu a evolução dos casais humanos com e sem a presença das avós. Ao contrário de nossos ancestrais, costumamos ter relacionamentos monogâmicos, existem mais homens férteis que mulheres férteis entre nós (pois eles têm quase uma década a mais de capacidade reprodutiva, enquanto a feminina se encerra por volta dos 45 anos), e eles costumam escolher as mais novas. Nos grupos de chimpanzés, por exemplo, não há monogamia e os machos escolhem fêmeas mais velhas. Entre os macacos, a proporção de mulheres férteis costuma ultrapassar o de homens em idade reprodutiva.

Presença da avó – O resultado das análises mostrou que as avós tiveram um papel essencial nessas modificações ao longo das gerações. Há cerca de 2 milhões de anos, as fêmeas mais velhas passaram a ajudar na alimentação dos netos – o que fez com que a longevidade da espécie fosse, gradativamente aumentando (entre os chimpanzés, as mulheres raramente ultrapassam os anos férteis, morrendo aos 30 ou 40 anos). No entanto, o período fértil feminino continua mais curto que o masculino. Ocupando-se do cuidado dos filhotes, as avós deixam as fêmeas do bando livres para se reproduzir novamente. E elas passam a ser o melhor alvo para os machos mais velhos: com as avós como babás, as fêmeas mais jovens podem ter mais filhotes e perpetuar os genes dos machos por um longo tempo.

“As avós tiveram um papel crucial para o desenvolvimento das relações humanas”, explica Hawkes. “Com a longevidade humana maior, mais homens competem pelas fêmeas e a única maneira de terem filhotes é com mulheres mais novas. Aos poucos, tornou-se vantajoso ficar com a mesma fêmea e ter uma relação duradoura.”

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Ou seja, aos poucos, o papel das avós no cuidado das crianças ajudou a desenvolver também a monogamia, uma dinâmica que diminui a competitividade entre os machos e garante a continuidade da prole.

De acordo com Hawkes, as avós também foram importantes para o desenvolvimento da cooperação e empatia entre os casais. “Só o sexo não é importante para os humanos. Há um peso emocional nas relações sociais, certamente para criar os vínculos. E a origem disso está nas avós”, diz a pesquisadora.

(Da redação)

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