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O Prêmio Nobel de Química foi para trio que criou estruturas metal-orgânicas

Laureados são Susumu Kitagawa, da Universidade de Kyoto; Richard Robson, da Universidade de Melbourne, e Omar M. Yaghi, da Universidade da Califórnia, nos EUA

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 8 out 2025, 07h35 - Publicado em 8 out 2025, 06h57

O Prêmio Nobel de Química  foi concedido a Susumu Kitagawa, da Universidade de Kyoto, no Japão; Richard Robson, da Universidade de Melbourne, na Austrália, e Omar M. Yaghi, da Universidade da Califórnia, em Berkeley, nos Estados Unidos. Os laureados foram premiados pelos seus trabalhos no “desenvolvimento de estruturas metal-orgânicas (MOFs, na sigla em inglês)”. Em termos mais simples, os cientistas foram capazes de criar construções moleculares com grandes espaços por onde gases e outros produtos químicos podem fluir. Essas construções podem ser usadas para coletar água do ar do deserto, capturar dióxido de carbono, armazenar gases tóxicos ou catalisar reações químicas.

Kitagawa falou com o comitê e com a imprensa por telefone na quarta-feira, após o anúncio de sua vitória. “Estou profundamente honrado e feliz que minha pesquisa de longa data tenha sido reconhecida”, disse ele.

A história começou em 1989, quando Richard Robson demonstrou o potencial dessa construção molecular, criando uma estrutura espaçosa e cristalina. Embora suas criações iniciais fossem instáveis, Susumu Kitagawa e Omar Yaghi forneceram uma base sólida para o campo com suas descobertas distintas e revolucionárias. Kitagawa demonstrou que os gases podiam se mover livremente através dessas construções e previu sua flexibilidade, enquanto Yaghi criou uma MOF muito estável e provou que ela poderia ser modificada racionalmente.

Graças ao seu trabalho, os químicos desenvolveram dezenas de milhares de MOFs diferentes. Esses materiais versáteis têm imenso potencial para solucionar alguns dos maiores desafios da humanidade. Suas aplicações incluem a remoção de PFAS da água, a decomposição de poluentes, a captura de dióxido de carbono e até mesmo a coleta de água do ar do deserto.

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Retrospecto

No ano passado, o Prêmio Nobel de Química  foi concedido a três cientistas por um trabalho pioneiro que utiliza computação e inteligência artificial (IA) para desvendar os segredos das proteínas.  Os laureados foram o bioquímico americano David Baker, o cientista britânico Demis Hassabis e o investigador americano John M. Jumper. O prêmio reconhece a capacidade de prever e criar estruturas proteicas, abrindo “vastas possibilidades” para a humanidade. As proteínas são as “máquinas” e “ferramentas químicas da vida”, e sua função é determinada pela sua estrutura tridimensional.

David Baker foi reconhecido pelo “design computacional de proteínas”. Ele foi pioneiro no uso dos 20 aminoácidos (os blocos de construção da vida) para projetar proteínas inteiramente novas, diferentes das encontradas na natureza. Seu feito de 2003, a criação da proteína artificial Top7, e o desenvolvimento de softwares como o Rosetta, permitiu gerar moléculas com funções específicas para uso em fármacos, vacinas, nanomateriais e sensores.

Demis Hassabis e John Jumper (ambos da Google DeepMind) foram laureados pela “previsão da estrutura de proteínas”. Eles resolveram um “sonho de 50 anos” da química ao apresentar, em 2020, o modelo de IA AlphaFold2. Esta ferramenta de aprendizado profundo prevê a estrutura 3D de proteínas a partir de sua sequência de aminoácidos com alta precisão, comparável a métodos experimentais. O AlphaFold2 conseguiu prever a estrutura de virtualmente todas as 200 milhões de proteínas catalogadas.

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A combinação desses avanços – prever e projetar proteínas – tem um impacto imensurável, acelerando o desenvolvimento de novos medicamentos e vacinas e permitindo o combate à resistência a antibióticos e a criação de enzimas que decompõem plástico.

Os prêmios de 2025

O primeiro Nobel de 2025 foi anunciado na segunda-feira, 6. O prêmio de medicina foi para Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Dr. Shimon Sakaguchi por suas descobertas sobre a tolerância imunológica periférica. O prêmio de física de terça-feira, 7, foi para John Clarke, Michel H. Devoret e John M. Martinis por suas pesquisas sobre o mundo bizarro do tunelamento quântico subatômico, que impulsiona o poder das comunicações digitais e da computação cotidianas.

Os anúncios do Nobel deste ano continuam com o prêmio de literatura na quinta-feira, 9. O Prêmio Nobel da Paz será anunciado na sexta-feira, 10, e o prêmio de economia na próxima segunda-feira, 13.

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A cerimônia de premiação será realizada em 10 de dezembro, aniversário da morte de Alfred Nobel, fundador dos prêmios. Nobel foi um rico industrial sueco e inventor da dinamite. Ele morreu em 1896.

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