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Nova espécie de planta encontrada na Espanha homenageia Dom Quixote

Da família dos papiros, cresce exclusivamente na região de La Mancha, por onde passa o anti-herói de Cervantes

Por Marília Monitchele
27 mar 2023, 18h24

O escritor espanhol Miguel de Cervantes descreveu o anti-herói que dá título ao seu romance mais conhecido, Dom Quixote de La Mancha, como “uma espécie de cavaleiro meio louco cujas fantasias ninguém conseguia entender, de modo que era chamado por todas as pessoas de sua aldeia ‘O Louco'”. Defensor da justiça, honra e cavalheirismo, Quixote era determinado, corajoso e leal, mas muitas vezes também ingênuo e tolo. O personagem, um sonhador romântico e apaixonado por uma elusiva Dulcinéia, acaba de batizar uma nova espécie de planta encontrada na região por onde ele e seu fiel escudeiro, Sancho Pança, passaram na obra.

Botânicos espanhóis da Universidade Pablo de Olavide, em Sevilha, descreveram uma nova espécie de planta, batizada cientificamente como Carex quixotiana. Restrita à região de La Mancha, no centro-sul do país, pertence a ciperáceas do gênero Carex, grupo de ervas incluídas na família dos papiros (Cyperaceae). A classificação (taxonomia) dessas plantas é difícil, pois se trata de um gênero altamente diverso e amplamente distribuído, cujas espécies são freqüentemente difíceis de distinguir.

Depois que um estudo genético preliminar, os autores iniciaram campanhas de coleta de campo em La Mancha. Enquanto estudavam populações da planta em mais detalhes, os cientistas confirmaram que estavam olhando para uma espécie até então desconhecida pela ciência. Conhecem-se até agora apenas 16 populações da Carex quixotiana, que prefere habitats com alta disponibilidade de água, como pequenos riachos, várzeas úmidas e matas ciliares.

nova espécie de planta, batizada cientificamente como Carex quixotiana
A nova espécie de planta, batizada cientificamente como ‘Carex quixotiana’ – (Universidade Pablo de Olavide/Divulgação)

Como pouco se sabe sobre a demografia da espécie, incluindo o número de indivíduos maduros na natureza, são necessárias mais investigações para determinar seu estado de conservação. No entanto, com base no que aprenderam até agora sobre a espécie, os autores do estudo assumem que se trata de uma espécie endêmica na Península Ibérica, com um número relativamente pequeno de populações e área de distribuição, que beneficiaria de proteção legal e inclusão em programas de conservação.

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