Nasa faz manutenção da Sonda Voyager 1, a 25 bilhões de km
Há 48 anos no espaço, equipamento eventualmente para devido a falta de energia

Imagine a intervenção no funcionamento de um instrumento espacial, que navega a 25 bilhões de km da Terra. Foi exatamente esse o desafio da Nasa para religar os propulsores do Voyager 1, sonda lançada em 1977, para estudar, a princípio, Júpiter e Saturno. Em uma viagem de duração indefinida, que já dura 48 anos, outros destinos foram incluídos. Além dos planetas gigantes, ela viajou pelo Sistema Solar e posteriormente pelo espaço interestelar, sem nunca ter retornado à Terra, para qualquer tipo de manutenção. Por isso, seus equipamentos eventualmente param de funcionar por falta de energia. Mantê-la no espaço é um problema que exige muitas superações.
Desde 2017, a Nasa passou a usar os propulsores secundários para ajustar o posicionamento da antena da Voyager 1 em direção à Terra, essencial para manter a comunicação e a transmissão de dados. Mas, em 2023, o componente começou a apresentar falhas e aumento no consumo de energia. Como alternativa, os engenheiros decidiram testar os propulsores principais, que não eram utilizados desde 2002. Surpreendentemente, eles funcionaram perfeitamente, permitindo que a sonda continuasse a passar as informações para Terra.
A reativação bem-sucedida é extremamente importante, porque prolonga a vida útil operacional da Voyager 1, e da missão de ajudar de o homem entender o espaço interestelar, onde nenhuma outra nave tripulada jamais esteve. A Voyager 1 é um dos únicos instrumentos capazes de estudar o meio interestelar diretamente. Trata-se de uma das missões mais longevas e valiosas da Nasa. Leva mais de 22 horas para cada comando, seja um ajuste da antena ou de uma comunicação, chegar à sonda. Até os estudiosos da Nasa comemoraram o sucesso da operação. Este mês, a antena Deep Space Station 43, que está na Austrália, a única que capta as informações da sonda, deve ser desativada por 9 meses para manutenção. A Nasa precisava ter certeza que a Voyager estivesse funcionando muito bem.
Leia:
+https://veja.abril.com.br/videos/arquivo/sonda-voyager-1-completa-33-anos-no-espaco