Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Linguista do Havaí nomeia primeiro buraco negro já fotografado: Pōwehi

Nome significa “embelezada fonte escura de criação sem fim”, mas ainda não foi oficializado por União Astronômica Internacional

Por Da Redação
Atualizado em 16 abr 2019, 18h52 - Publicado em 15 abr 2019, 13h22

O primeiro buraco negro a ser fotografado ganhou um novo nome: Pōwehi. O corpo celeste foi batizado por um linguista no Havaí, a pedido dos cientistas do arquipélago que participaram do projeto para obter a histórica imagem.

A palavra tem origem no Kumulipo, um canto tradicional do Havaí usado para descrever a criação do arquipélago, e significa “embelezada fonte escura de criação sem fim”.

“Pō” quer dizer fonte escura e profunda de criação sem fim e “wehi” significa honrado com embelezamento.

O nome foi criado pelo professor de linguística da Universidade do Havaí, Larry Kimura, a pedido dos astrônomos do arquipélago que participaram do projeto Telescópio de Horizonte de Eventos (EHT, em inglês). O grupo foi responsável por conduzir os estudos que tornaram possível fotografar pela primeira vez um buraco negro.

A imagem foi capturada por uma rede global de telescópios criada para obter informações sobre esses corpos celestes caracterizados por ter campos gravitacionais tão fortes que nem a matéria nem a luz conseguem escapar de sua atração.

O Havaí teve uma participação especial na descoberta, já que dois dos telescópios usados para tirar a foto estavam localizados no arquipélago.

Continua após a publicidade

“Pōwehi é um nome poderoso porque traz verdades sobre a imagem do buraco negro que vemos”, disse Jessica Dempsey, diretora de um dos telescópios usados no Havaí, em vídeo publicado pela Universidade do Havaí.

O nome, contudo, ainda não é oficial. Para ser oficializado, é necessário que todos os cientistas envolvidos no projeto aprovem formalmente a ideia e que a União Astronômica Internacional dê a confirmação final.

Até agora, o nome utilizado pelos cientistas para se referirem ao buraco negro é M87*, já que o corpo celeste está localizado no centro da Messier 87, uma enorme galáxia no aglomerado próximo ao de Virgem, a cerca de 54 milhões de anos-luz da Terra.

“Ter o privilégio de dar um nome havaiano à primeira confirmação científica de um buraco negro é muito significativo para mim”, afirmou Kimura em comunicado. “Eu espero que possamos continuar a nomear futuros buracos negros da astronomia havaiana de acordo com o Kumulipo”.

Continua após a publicidade

A foto

Em 2017, oito telescópios, em diferentes partes do mundo, foram apontados para o buraco negro em Messier 87. As imagens captadas por cada um deles foram reunidas na panorâmica divulgada, após dois anos do processamento de milhares de dados.

Até então, nenhum buraco negro havia sido fotografado, pois seus campos gravitacionais são tão fortes que nem a matéria nem a luz conseguem escapar de sua atração.

Mas como, então, foi possível obter a foto do Pōwehi? O anel luminoso que se vê na imagem é, na verdade, o que os astrônomos chamam de “horizonte de eventos”: um halo de poeira e gás no contorno desse buraco.

O disco captado na foto contém matéria que é acelerada a altas velocidades pela força gravitacional e que terminará por ser engolida ou ejetada para longe, escapando da voracidade do corpo celeste. O halo tem a forma de um crescente porque as partículas voltadas para a Terra aparentam estar mais rápidas – e brilhantes – do que as que estão do outro lado.

No centro da imagem, está o que os cientistas chamaram de “sombra do buraco negro”, a região onde o buraco propriamente dito está localizado e que, por não emitir luz, não pode ser observada.

Continua após a publicidade

Físicos estimam que o corpo celeste seja 2,5 vezes menor do que sua sombra. O buraco no centro da Messier 87 tem uma massa 6,5 bilhões de vezes maior que a do nosso Sol.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.