O Telescópio Espacial James Webb vem trazendo imagens estonteantes do espaço e contribuindo para descobertas inéditas em diversos campos da astronomia. Suas lentes captaram imagens inéditas de aglomerados de galáxias que permitiram um estudo inédito sobre as estruturas complexas desses sistemas estelares. No artigo, publicado no periódico científico Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, pesquisadores da Universidade de Estocolmo, na Suécia, apresentaram aglomerados detectados em 18 galáxias e estudam a primeira fase de formação de estrelas.
Os aglomerados examinados pela equipe são tão massivos que desviam os raios de luz, confirmando o que Albert Einstein teorizou em 1915. Essa interação produz uma espécie de efeito de lupa, fazendo com que as imagens das galáxias de fundo sejam ampliadas.
Este efeito somado às imagens de altíssima resolução do James Webb possibilitou a observação de aglomerados estelares, estruturas galácticas muito compactas que se formaram da mesma nuvem de gás e, portanto, têm a mesma idade, composição química primordial e, aproximadamente, a mesma distância.
Os novos dados permitiram que os astrônomos estudassem a relação entre a formação de aglomerados e a evolução da galáxia alguns milhões de anos depois do Big Bang. Sem as contribuições do James Webb esse tipo de estudo não seria possível. Algumas galáxias estudadas estão muito distantes, entre elas, a galáxia mais antiga do estudo, que é vista como era há 13 bilhões de anos, quando o universo era um jovem de 680 milhões de anos, bem longe dos atuais quase 13,7 bilhões.
“As imagens do Telescópio Espacial James Webb mostram que agora podemos detectar estruturas muito pequenas dentro de galáxias muito distantes e que podemos ver esses aglomerados em muitas dessas galáxias. O telescópio é um divisor de águas para todo o campo de pesquisa e nos ajuda a entender como as galáxias se formam e evoluem”, disse Angela Adamo, uma das principais autoras do estudo, em comunicado à imprensa.