Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Oferta Relâmpago: VEJA por apenas 1,99

Hod Lipson: “Os robôs já pensam”

Professor de engenharia na Columbia participa do desenvolvimento de androide com autoconsciência - por enquanto, ele diz, não há por que temer a inovação

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 out 2022, 08h00 • Atualizado em 4 jun 2024, 11h28
  • Autoconsciência é uma característica demasiado humana. Como um robô obtém essa condição sem ser programado? Há mais de dez anos trabalhamos estudando esses sistemas. Na tentativa mais recente, que virou um artigo na revista Science Robotics, pusemos um androide na frente de uma câmera. Ele, então, se moveu em várias direções para criar um modelo de si mesmo. Não se trata de pensar no futuro distante, mas em como mover um braço para pegar um objeto, ou como mover um braço e não tocar um objeto. Conseguimos fazê-lo pensar por alguns segundos.

    Qual a novidade a ser celebrada, então? Foi a primeira vez que um robô criou um modelo de si mesmo, sem a ajuda de um humano. Quando você era bebê e estava se mexendo no berço, tocando seu corpo e os brinquedos, estava criando um modelo de si mesmo. Fazemos isso de forma autônoma, não somos programados: “Este é o seu braço, este é o seu pé”. Agora, permitimos que o robô faça isso espontaneamente. Se um robô, um animal ou um humano tem um modelo de si mesmo mais preciso, ele pode funcionar melhor no mundo, pode tomar melhores decisões.

    Até que ponto essa autonomia é perigosa? É uma tecnologia poderosa. Existe uma regra na robótica à qual o escritor Isaac Asimov meio que aludiu em seus livros: quanto mais autonomia o robô tem, mais poderoso é e mais utilidade tem. Mas quando perdemos o controle a coisa pode ficar ruim. Trata-se de uma troca, como com as crianças. Quanto mais velhas elas ficam, mais capazes são e mais controle perde-se como pai. Queremos que o carro autônomo tome decisões por si mesmo, queremos que saiba quando está quebrado ou quando não está funcionando corretamente. Queremos que essas máquinas cuidem de si mesmas, mas também não queremos que saiam do controle de forma perigosa. É preciso encontrar esse equilíbrio. Não há uma resposta fácil.

    O que as pessoas não conseguem entender sobre inteligência artificial? Na IA existem grandes redes neurais que absorvem enormes quantidades de informações de sensores e de câmeras e calculam a cada milissegundo todas as probabilidades de movimentos. Se não tivermos carros sem motorista, as pessoas continuarão morrendo nos acidentes de trânsito. Por isso não dá para ser só a favor ou contra os robôs, ou a favor ou contra a IA. Temos de ver os prós e os contras de cada situação.

    Publicado em VEJA de 2 de novembro de 2022, edição nº 2813

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    OFERTA RELÂMPAGO

    Digital Completo

    A notícia em tempo real na palma da sua mão!
    Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
    De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
    RESOLUÇÕES ANO NOVO

    Revista em Casa + Digital Completo

    Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 7,50)
    De: R$ 55,90/mês
    A partir de R$ 29,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.