Fóssil de esponja pode ser mais antigo registro de ser vivo
Descoberta da geóloga Elizabeth Turner foi publicada esta semana na revista 'Nature'
O fóssil de uma esponja pode ser o registro mais antigo de vida animal na Terra. Os restos foram encontrados no noroeste do Canadá, uma região que na pré-História era inundada por água e hoje é caracterizada por montanhas íngremes. A descoberta da geóloga Elizabeth Turner faz parte de um estudo publicado esta semana na revista científica Nature.
Turner descobriu as rochas em uma região remota, acessível apenas por helicóptero, onde ela escava desde os anos 1980. Seções finas de rocha contêm estruturas tridimensionais que se assemelham a esqueletos de esponja. A datação das camadas de rocha adjacentes indica que as amostras têm cerca de 890 milhões de anos, o que as tornaria cerca de 350 milhões de anos mais velhas do que os fósseis de esponja mais antigos encontrados anteriormente.
Muitos cientistas acreditam que os primeiros grupos de animais incluíam esponjas macias ou criaturas semelhantes a esponjas que não tinham músculos e nervos, mas tinham outras características de animais simples, incluindo células com funções diferenciadas e espermatozoides. Como há pouco consenso científico sobre qualquer coisa que remonta a um bilhão de anos atrás, outros pesquisadores continuarão a examinar e debater as descobertas de Turner.
Os cientistas acreditam que a vida na Terra surgiu há cerca de 3,7 bilhões de anos. Os primeiros animais apareceram muito depois, mas exatamente quando ainda está em debate. Até agora, as esponjas fósseis mais antigas datam de cerca de 540 milhões de anos atrás, do período Cambriano.