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Explosão cósmica rara revela segredos do fim da vida das estrelas; assista

Fenômeno inédito permitiu observar camadas internas de um astro moribundo, revelando pistas sobre como o universo produz elementos que dão origem à vida

Por Ligia Moraes Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 20 ago 2025, 12h00

Pela primeira vez, astrônomos conseguiram observar as camadas internas de uma estrela no instante em que ela explodia como supernova. O fenômeno, descrito na revista Nature, expôs estruturas profundas que antes só existiam na teoria e trouxe novas perguntas sobre a morte dos gigantes cósmicos.

As supernovas sempre foram tratadas como os grandes espetáculos do cosmos: explosões de brilho tão intenso que podem ofuscar uma galáxia inteira. Mas, nesse caso, o show cósmico trouxe também uma revelação científica.

A estrela que deu origem à supernova, batizada SN 2021yfj, havia perdido suas camadas externas pouco antes da explosão. Esse detalhe raro fez toda a diferença: em vez de misturar os materiais, a detonação expôs diretamente uma concha espessa de silício e enxofre — algo que os modelos previam, mas que nunca havia sido confirmado na prática.

Uma surpresa inesperada

A observação trouxe ainda um elemento intrigante: a presença de hélio, um gás mais leve que deveria ter desaparecido nas etapas anteriores da vida da estrela. Essa anomalia sugere que o processo de perda de massa dos astros pode ser mais complexo do que se pensava. Uma das hipóteses é a interferência de uma estrela companheira, que teria alterado o destino da gigante em seus últimos instantes.

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Supernovas não são incomuns, estima-se que ocorram cerca de duas por século em uma galáxia como a Via Láctea. O que é raro é capturar um momento como esse. Os cálculos indicam que descobertas desse tipo correspondem a menos de uma em cada mil explosões estelares. Essa exclusividade torna a SN 2021yfj um objeto precioso de estudo e ajuda a preencher lacunas sobre o que realmente acontece nos segundos finais da vida de uma estrela massiva.

A importância para nós

Pode parecer distante, mas entender essas explosões tem ligação direta com a nossa própria existência. É dentro das estrelas, e de suas mortes violentas, que se formam os elementos que compõem tudo o que conhecemos: do ferro no sangue ao cálcio dos ossos, passando pelo oxigênio que respiramos. Cada descoberta desse tipo é também um capítulo a mais na história da origem da vida no universo.

Agora, a expectativa é que telescópios de nova geração, como o Observatório Vera Rubin, no Chile, detectem muitos outros eventos semelhantes. Quanto maior o catálogo dessas “autópsias cósmicas”, mais pistas a astronomia terá para compreender como os astros se desfazem e como suas cinzas dão origem a novos mundos.

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