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Estudo mostra que vikings estavam na América há mil anos

Cientistas usaram nova metodologia de datação que coloca a comunidade nórdica na ilha de Terra Nova, no Canadá, em 1021

Por Redação 21 out 2021, 17h17

Quase 500 anos antes de o genovês Cristóvão Colombo desembarcar nas Américas, os vikings já haviam feito o mesmo trajeto até da Groenlândia até Terra Nova. As evidências, até pouco tempo atrás, eram as ruínas de um assentamento no extremo norte da ilha canadense. Os recursos de datação existentes até então não possibilitavam colocar numa linha do tempo confiável as construções encontradas no início dos anos 60, na cidade de L’Anse aux Meadows. Uma equipe internacional de cientistas, no entanto, usou uma nova metodologia que coloca a comunidade de guerreiros nórdicos no local em torno de 1021.

Os vikings eram marinheiros nórdicos oriundos da Noruega, Suécia e Dinamarca que se aventuraram pela Europa, às vezes colonizando e outras vezes negociando. Hábeis navegadores e construtores de barcos, eles estabeleceram assentamentos na Islândia e na Groenlândia. Colocá-los em L’Anse aux Meadows oferece a evidência mais antiga conhecida de uma travessia transatlântica. E também marca o lugar no globo que foi finalmente habitado por humanos, que milhares de anos antes haviam viajado para a América do Norte por uma ponte de terra que conectava a Sibéria ao Alasca.

A Era Viking é tradicionalmente definida entra 793 e 1066. A datação por radiocarbono comum – determinando a idade dos materiais orgânicos por meio da presença de um isótopo radioativo de carbono – provou-se muito imprecisa para datar L’Anse aux Meadows. O novo método de datação se baseia no fato de que as tempestades solares produzem um sinal distinto de radiocarbono nos anéis de crescimento das árvores. Era sabido que houve uma grande tempestade solar – uma explosão de raios cósmicos – entre 992 e 993.

Três peças de madeira, originárias de duas árvores diferentes, foram examinadas pelos cientistas. Descobriu-se que 29 anéis de crescimento foram formados após aquele que apresentava evidências da tempestade solar, o que significa que a madeira foi cortada em 1021, disse a arqueóloga Margot Kuitems da Universidade de Groningen, líder do estudo. E não foram os indígenas locais que cortaram a madeira porque há evidências de lâminas de metal, que eles não possuíam.

Explosões cósmicas como a de 992-933 são muito raras. Mas suas assinaturas podem ser encontradas em árvores e madeiras de todo o planeta. Isso significa que a nova técnica de datação usada no estudo provavelmente será empregada em outros sítios arqueológicos.

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