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Estudo indica que bactérias podem ficar bravas quando estão com fome

Em contexto de privação de nutrientes certos microorganismos passaram a produzir toxinas nocivas aos hospedeiros

Por Marilia Monitchele
Atualizado em 4 abr 2023, 16h28 - Publicado em 4 abr 2023, 16h28

Pesquisadores mostram que ficar com o humor meio tóxico quando se está com fome não é um comportamento exclusivo dos humanos. Uma pesquisa feita no Departamento de Microbiologia e Imunologia da Universidade da Carolina do Norte descobriu que algumas células bacterianas também têm um comportamento um tanto quanto pernicioso quando não se alimentam. Ao serem privadas de certos nutrientes, esses microrganismos liberam substâncias nocivas aos corpos hospedeiros podendo, inclusive, adoecê-los.

A equipe de cientistas descobriu que células geneticamente idênticas, com bactérias em sua composição, desempenham funções diferentes. Algumas se comportam de maneira mais dócil e outras são hostis, produzindo toxinas que nos fazem sentir mal. Ao perceber que, apesar da composição semelhante, elas não se comportavam da mesma maneira, os cientistas tentaram descobrir o motivo dessas diferenças comportamentais.   

Os pesquisadores selecionaram a Clostridium perfringens – uma bactéria em forma de bastonete que pode ser encontrada no trato intestinal de humanos e outros vertebrados, insetos e também no solo – como objeto de estudo. Com a ajuda de um dispositivo chamado gerador de gotículas microfluídicas, eles conseguiram separar ou particionar células bacterianas individuais em gotículas para decodificar cada célula.  Os resultados mostraram que as bactérias que apresentavam um comportamento mais mau humorado estavam, na verdade, trabalhando na ausência de nutrientes essenciais. Ou seja, estavam com “fome”

Elas foram, então, expostas a uma substância chamada acetato. Neste momento, não apenas os níveis de toxinas caíram, como o número de agentes malfeitores também diminuiu, demonstrando que o comportamento dessas bactérias pode ser alterado quando elas são inseridas em ambientes mais nutritivos

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Agora os pesquisadores se perguntam se outras comunidades bacterianas respondem da mesma forma, ou se apenas as bactérias do tipo Clostridium perfringens se comportam de modo nocivo quando estão famintas. As descobertas feitas até agora, porém, são consideradas importantes para ampliar a compreensão que temos sobre as formas e os motivos que levam comunidades bacterianas a desempenhar funções diferentes em determinadas células. 

Esse tipo de conhecimento pode resultar em novas maneiras de combater a resistência a certas variedades de antibióticos. A equipe da Carolina do Norte acredita que se esse tipo de resposta for comum a outras comunidades bacterianas, a introdução de nutrientes pode fornecer novas formas de tratamento para humanos e animais.

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