Egito recupera estátua de 3.400 anos do faraó Ramsés II
Artefato retirado ilegalmente do país há pelo menos três décadas estava na Suíça
![RAMSÉS II - Egito: peça de 3400 anos foi recuperada na Suíça](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2024/04/971c3629444b9c908adf9fdddccbf866-restitution-aegyptisches-kulturgut_02-tif-data.webp?w=880&h=586&crop=1)
O Ministério de Turismo e Antiguidades do Egito anunciou neste domingo, 21, que repatriou uma estátua de 3.400 anos de idade do faraó Ramsés II. O artefato histórico agora está no Museu Egípcio do Cairo, onde será restaurado.
Retirada ilegalmente do país há pelo menos três décadas, a estátua foi observada por autoridades egípcias em 2013, em uma exibição em Londres, e passou por vários países antes de chegar na Suíça, onde foi recuperada. A peça estava sob posse da embaixada egípcia em Berna desde julho de 2023, mas só agora retornou ao seu país de origem.
A repatriação foi fruto de uma colaboração entre o Ministério de Turismo e Antiguidades, o Ministério de Relações Exteriores e autoridades suíças. “Esta estátua em particular, datando de mais de 3.400 anos atrás, representa a cabeça do Rei Ramsés II e foi roubada de seu templo em Abydos”, disse Shaaban Abdel Gawad, Diretor-Geral da Administração Geral para a Repatriação de Antiguidade, em comunicado. “Ela faz parte de uma estátua de grupo maior que representa o governante ao lado de vários deuses egípcios.”
Ramsés II foi um dos faraós mais poderosos do Egito antigo, tendo governado entre 1279 e 1213 a.C., durante a XIX dinastia egípcia. Não por acaso, uma imensa estátua desde governante recebe os visitantes do novíssimo Grande Museu do Egito, um dos maiores do mundo, ainda sem data de inauguração.
![ABRE-GEM-GRANDE-MUSEU-EGIPCIO-EGITO-2023-3.jpg COLOSSO - Fachada em forma de pirâmide (à esq.) e a magnífica escultura de Ramsés II instalada no átrio central: milhares de objetos foram recuperados](https://veja.abril.com.br/wp-content/uploads/2023/04/ABRE-GEM-GRANDE-MUSEU-EGIPCIO-EGITO-2023-3-1.jpg-1.jpg?quality=90&strip=info&w=1024&crop=1)
O retorno da obra faz parte de um grande movimento que busca a repatriação do património histórico e cultural do país. Estima-se que, desde 2014, 27 000 artefatos foram recuperados pelos egípcios, mas objetos de grande importância, como o busto de Nerfertiti e a Pedra de Roseta, permanecem sob posse de museus europeus, especialmente em Londres, Berlim e Paris.