Descoberta triplica o número de estrelas no universo
Cientistas descobrem que existem 20 vezes mais anãs vermelhas em outras galáxias do que na Via Láctea
“É possível que existam trilhões de ‘Terras’ orbitando essas estrelas”
Pieter van Dokkum, astrônomo
Astrônomos descobriram que as estrelas conhecidas como ‘anãs vermelhas’ – pequenas e de luz fraca – são muito mais comuns no universo do que se imaginava. Tão comuns que o número total dessas estrelas pode ser três vezes maior do que as estimativas indicavam.
Os cientistas não conseguiam detectar anãs vermelhas fora da Via Láctea – a galáxia onde vivemos -, porque elas emitem uma luz muito fraca. Para resolver o problema, astrônomos utilizaram instrumentos poderosos do Observatório Keck, no Havaí (EUA), para detectar o sinal fraco enviado pelas anãs vermelhas em oito galáxias relativamente próximas à Via Láctea.
A equipe da Universidade de Yale (EUA), liderada pelo astrônomo Pieter van Dokkum, descobriu que existem vinte vezes mais anãs vermelhas em galáxias elípticas do que na Via Láctea. A observação surpreendeu os cientistas, porque até agora a ciência encarava essas galáxias distantes como semelhantes à nossa.
Trilhões de ‘Terras’ – Para contar as estrelas, os cientistas utilizam estimativas baseadas na Via Láctea e suas vizinhas. As contas atuais giravam em torno dos setilhões (o dígito 1 seguido de 24 zeros) de estrelas. Seja qual for o número exato, agora, os astrônomos acreditam que ele pode ser três vezes maior do que se pensava, devido ao grande número de anãs vermelhas.
Além de triplicar o número de estrelas do universo, Dokkum explica que a estimativa de planetas orbitando estrelas também aumentou. Isso quer dizer que a probabilidade de existirem planetas como a Terra são maiores do que se imaginava. “É possível que existam trilhões de ‘Terras’ orbitando essas estrelas”, afirmou Dokkum.