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Coronavírus pode levar à falta de máscaras de proteção em hospitais

Mais populares do que nunca na China, menos máscaras são vendidas para fora, prejudicando a saúde pública de países como os EUA

Por Sabrina Brito Atualizado em 30 jul 2020, 19h29 - Publicado em 5 fev 2020, 14h19

A disseminação do coronavírus pode ter ainda mais consequências negativas do que se pensava. A doença, que já causou cerca de 500 mortes e se espalhou por China, Alemanha, Estados Unidos, dentre outros países, pode ocasionar uma escassez das máscaras de proteção, muito usadas por pessoas que tentam evitar a contaminação.

O problema é que a China é a maior responsável mundial pela fabricação dessas máscaras. Atualmente, fábricas estão produzindo mais de 20 milhões de unidades diariamente. Assim, em um momento em que seu povo demanda a maior quantidade dessas máscaras já registrada, é lógico esperar que menos delas serão disponibilizadas para exportação.

E qual o problema? A questão é que muitos países, a exemplo dos Estados Unidos, não conseguirão comprar esses equipamentos de proteção, muito usados em hospitais. Consequentemente, terão de utilizar as máscaras produzidas internamente ou por outros países, que são consideradas protetoras menos eficientes do que as chinesas.

Desse modo, mesmo que o coronavírus não se espalhe para além dos onze casos registrados nos EUA, o país pode enfrentar uma crise, já que as vendas de máscaras na China continua em alta. Cirurgiões, paramédicos e portadores de doenças menores, como a gripe, estarão menos protegidos contra a transmissão de vírus, por exemplo.

Portanto, a disseminação do coronavírus escancara a dependência mundial de um produto chinês essencial à saúde pública. Se de fato as previsões mais pessimistas se confirmarem e a doença se espalhar ainda mais, causando o aumento das vendas das máscaras na China, os países dependentes dessa importação terão de achar uma alternativa rapidamente — ou isso, ou poderão sofrer com níveis altíssimos de transmissão de diversos vírus, seja em cirurgias ou no contato diário com doentes desprotegidos em hospitais (ou fora deles).

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