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Como na grande extinção em massa, fungos podem acelerar devastação das florestas

Mudanças climáticas podem causar o aumento de micro-organismos nocivos

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h04 - Publicado em 6 ago 2011, 14h02

Há 250 milhões de anos, a maior extinção em massa já registrada varreu da Terra 95% das espécies marinhas e 70% dos animais terrestres. Embora não se saiba exatamente a causa – a queda de um asteroide ou uma descomunal atividade vulcânica com o lançamento de metano na atmosfera são as teorias mais aceitas -, fungos podem ter sido responsáveis por parte do desastre ecológico. Os dados preocupam porque apontam a possibilidade de que o planeta esteja novamente desencadeando processos semelhantes.

O trabalho, realizado por pesquisadores das universidades da Califórnia em Berkeley, nos Estados Unidos, Ultrecht, na Holanda, e Imperial College London, no Reino Unido, indica a possibilidade de que as mudanças climáticas atuais possam aumentar o número de bactérias patogênicas e fungos no solo. Isso aceleraria a devastação de florestas, como provavelmente deve ter ocorrido durante a Era Paleozoica.

De acordo com a equipe, microfósseis preservados encontrados em rochas daquele período mostram relação com um grupo de fungos – Rhizoctonia – conhecido hoje por atacar e matar plantas. “Baseado nos padrões de declínio das florestas hoje, é provável que este fungo tenha sido um acessório essencial no desequilíbrio da floresta, acelerando a devastação durante a crise no fim do Permiano.”

Fungos têm um papel importante no equilíbrio do ecossistema. Mas quando florestas inteiras se tornam frágeis em função de fatores ambientais, como o aumento das temperaturas, vegetais se tornam suscetíveis ao ataque de micro-organismos. Além disso, a forma como fungos costumam se ‘espalhar’ em filamentos (formando imensas redes subterrâneas intrincadas com raízes de árvores) contribui para a criação de estruturas favoráveis à reserva de alimentos. Com isso, estes micro-organismos podem sobreviver em condições extremas.

Um artigo sobre o trabalho foi publicado na versão online do periódico científico especializado Geology.

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