É HOJE! Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Como morreu Lucy, o fóssil-celebridade de 3,18 milhões de anos

Lucy provavelmente morreu ao cair de uma de uma árvore com 12 metros de altura

Por Da redação
Atualizado em 29 ago 2016, 16h29 - Publicado em 29 ago 2016, 16h29

Lucy, mais conhecido exemplar de australopitecos da história, pode ter morrido ao cair de uma árvore. Foi o que descobriu uma equipe de cientistas americanos da Universidade do Texas em Austin, nos Estados Unidos. De acordo com os pesquisadores, a famosa Lucy, que viveu na África há 3,18 milhões de anos, provavelmente morreu ao cair de uma de uma grande altura – aproximadamente 12 metros. Estudos sobre a vida e morte (que permanecia um mistério) de Lucy podem trazer muitas informações sobre a sua espécie e a evolução humana.

Leia também:
Alimentação de ancestrais humanos se diferenciou de outros primatas há 2,5 milhões de anos
Ancestral humano era “mistura” de grandes símios e homens modernos
Descobertos os mais antigos fósseis de hominídeos e macacos do Velho Mundo

A pesquisa foi publicada nesta segunda-feira na revista científica Nature. Os especialistas utilizaram tomografias computadorizadas para analisar os ossos do espécime. Ao avaliar as fraturas de Lucy, a equipe as comparou com restos mortais de outros casos clínicos. Assim, identificaram que essas rupturas correspondiam com quedas de grandes alturas, mais especificamente de árvores.

O famoso fóssil denominado Lucy foi descoberto em 1974 pelo professor Donald Johanson e o estudante Tom Gray, em Hadar, na Etiópia. A espécie é chamada de Australopithecus anamensis. Lucy era uma fêmea de pouco mais de um metro de estatura, que combinava traços humanos com características similares às do chimpanzé, e já caminhava ereta.

O principal indício que auxiliou na identificação do que possivelmente ocorreu com Lucy estava no ombro direito. De acordo com os pesquisadores, um dos lados do osso apresentava uma fratura por compressão – vistas quando um indivíduo cai de locais altos e tenta amortecer a queda esticando os braços. Com o impacto, a força é enviada até o ombro, causando pressão e, consequentemente, a fratura. Isso indica que Lucy estava consciente no momento da queda, de acordo com o antropólogo John Kappelman, líder do estudo, da Universidade do Texas em Austin.

Continua após a publicidade
Esquema criado para compreensão de Lucy, hominídeo mais antigo encontrado na Etiópia
Esquema criado para compreensão de Lucy, hominídeo mais antigo encontrado na Etiópia (Divulgação)

Lucy também apresentou fraturas no tornozelo direito, ombro esquerdo, quadril, pélvis e costelas. “A morte ocorreu rapidamente”, afirmou o pesquisador. De acordo com Kappelman, o estudo traz mais uma evidência que pode esclarecer se a espécie de Lucy vivia em árvores ou não. A pesquisa da equipe americana sugere que, mesmo vivendo grande parte de sua vida no solo, Lucy possivelmente subia em árvores durante a noite para se proteger. “É irônico saber que o fóssil que está no centro de um debate sobre o papel da escalada de árvores na evolução humana provavelmente morreu de ferimentos sofridos na queda de uma árvore”, disse Kappelman.

Confira abaixo o vídeo da equipe de pesquisadores da Universidade do Texas em Austin (em inglês):

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.