China aumenta sustentabilidade de foguete
Com oxigênio líquido e metano, Zhuque-2E Y1 tem menor impacto ambiental que o modelo anterior, enviado ao espaço em novembro

A China avançou ainda mais na consolidação do seu potencial espacial. No último sábado, 17, a empresa privada nacional LandSpace lançou o foguete Zhuque-2E Y1, versão aprimorada do Zhuque-2E, enviado ao espaço no fim do ano passado. Trata-se de um foguete de tamanho médio, projetado para transportar cargas úteis de até 6 toneladas para órbitas baixas da Terra, o que o torna adequado para missões comerciais de satélites. O Y1 chegou com melhorias técnicas que potencializam ainda mais a sustentabilidade.
Ambos os modelos utilizam propelentes mais limpos, como metano e oxigênio líquido, alinhando-se com as tendências globais de redução de impactos ambientais na indústria aeroespacial. O metano é mais barato, mais seguro e menos poluente em comparação com os combustíveis tradicionais, como o querosene. Além disso, contribui para maior eficiência na queima e menor acúmulo de resíduos nos motores, o que facilita a reutilização dos componentes.
Um dos grandes diferenciais é que o Y1 tem propelentes sub-resfriados, tecnologia inédita na China. Essa abordagem permite aumentar a densidade dos combustíveis, o que aumenta o empuxo e eficiência energética, além de reduzir o tempo de abastecimento para menos de 1,5 hora. A operação fica mais rápidas e econômicas. O motor também foi substituído pelo TQ-15A, mais leve e eficiente que o TQ-11. A vantagem é que permite re-ignições durante o voo, o que reduz a necessidade de múltiplos lançamentos.
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