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Astrônomos encontram estrela colossal

Medindo 256 vezes a massa do Sol, estrela dá pistas sobre início do Universo

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 17h16 - Publicado em 21 jul 2010, 09h20

A R136 possui uma massa 256 vezes maior que o Sol. É o objeto celeste de maior tamanho e massa já observado.

Cientistas do observatório europeu situado no Chile identificaram estrelas gigantescas, cujo brilho e tamanho vão além do que muitos pesquisadores imaginavam ser possível. A descoberta das estrelas foi anunciada nesta quarta-feira pela equipe do astrônomo Paul Crowther, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra. Eles utilizaram uma combinação de novas observações com dados já registrados pelo telescópio Hubble.

Uma das estrelas, denominada R136a1, é o objeto celeste de maior tamanho e massa já observado. Crowther explicou que a R136 possui uma massa 256 vezes maior que o Sol. “Se ela tomasse o lugar do Sol em nosso sistema solar, o Sol seria ofuscado na mesma intensidade que o Sol ofusca a Lua hoje”, disse o astrônomo à rede britânica BBC.

A equipe de pesquisadores estudou uma região do espaço onde nuvens espessas de gás e poeira estão se misturando e aumentando ainda mais a densidade. Nesses lugares, estrelas gigantes possuem um ciclo de vida curto antes de entrarem em supernova. O grupo encontrou várias estrelas com temperaturas acima dos 40.000 graus centígrados, sete vezes mais quente que o Sol.

Até agora, os corpos celestes mais pesados já encontrados pela ciência possuíam uma massa que seria, no máximo, 150 vezes a do Sol. O novo estudo levanta questões interessantes sobre qual seria o limite máximo para a massa de um corpo.

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Os cientistas acreditam que deve existir um ponto em que a pressão de toda a radiação emitida por uma estrela colossal impeça o contato de gás e poeira que viriam na direção dela. Ou seja, é preciso que exista uma barreira física para o crescimento de uma estrela.

Crowther cita também outro fator para limitar o tamanho de um corpo: os recursos disponíveis em seu meio. Pode ser que, no Universo de hoje, não existam lugares com suprimento suficiente de gás e poeira para alimentar estrelas ainda mais massivas.

Porém, as novas observações dão uma ideia fascinante sobre como o Universo pode ter sido em seu início. Muitos objetos na primeira população de estrelas que brilharam pouco depois do Big Bang podem ter sido monstruosas como a R136a1.

“Acreditamos que essa pesquisa aponta para o fato de que estrelas massivas como essa podem ter existido em maior quantidade no início do Universo”, concluiu Crowther em entrevista à BBC. Os resultados foram publicados no periódico Montly Notices da Sociedade Astronômica Real, da Inglaterra.

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