Assine VEJA por R$2,00/semana
Continua após publicidade

Alinhamento raro do Sol e da Lua pode ter ajudado a afundar Titanic

Fenômeno astrônomico excepcionalmente incomum pode ter sido responsável pela abundância de icebergs na rota de navegação do navio

Por Da Redação
Atualizado em 6 Maio 2016, 16h44 - Publicado em 7 mar 2012, 14h19

Uma novo estudo liga o naufrágio do Titanic, ocorrido 100 anos atrás, a um raro alinhamento do Sol e da Lua, quatro meses antes do desastre que matou mais de 1.500 pessoas. Segundo cientistas da Universidade Estadual do Texas em San Marcos, nos Estados Unidos, o evento astronômico teria desprendido um grande número de icebergs, que acabaram entrando na rota do transatlântico.

Saiba mais

TITANIC

O navio transatlântico irlandês colidiu com um iceberg no Oceano Atlântico, entre a Inglaterra e os Estados Unidos, em 14 de abril de 1912, durante sua viagem inaugural. O choque afundou a embarcação em apenas duas horas e quarenta minutos, resultando na morte de mais de 1.500 pessoas.

“A real causa do naufrágio evidentemente foi o fato de o navio atravessar a toda velocidade uma região cheia de icebergs, mas a conexão lunar pode explicar como um número extraordinariamente grande de icebergs entrou no caminho do Titanic”, conta Donald Olson, um dos autores da pesquisa, publicada na edição de abril da revista Sky & Telescope.

Continua após a publicidade

Para explicar o número incomum de icebergs na rota da embarcação, os astrônomos se inspiraram no trabalho do oceanógrafo Fergus J. Wood, da Califórnia. O estudioso das marés sugeriu que uma aproximação rara da Lua ao planeta Terra, ocorrida em 4 de janeiro de 1912, pode ter contribuído para marés também mais altas do que o normal.

Os pesquisadores descobriram agora que, nessa mesma data, ocorreu também outro fenômeno raríssimo: a Lua e o Sol se alinharam de forma que a atração gravitacional foi reforçada, causando um efeito conhecido como maré de sizígia. Este efeito é responsável por produzir marés altíssimas.

Além disso, a proximidade da Lua com o planeta foi a maior registrada em 1.400 anos e ocorreu durante seis minutos de uma lua cheia. Já a aproximação máxima do Sol à Terra aconteceu no dia anterior. “Essa configuração maximizou as forças lunares que levantam as marés dos oceanos do planeta”, diz Olsen.

Inicialmente, os cientistas pesquisaram se as marés mais cheias tinham aumentando o desprendimento de icebergs na Groelândia. Porém, eles perceberam que, para alcançar a rota de navegação do Titanic em abril, os icebergs desprendidos das geleiras da Groelândia em janeiro deveriam ter se deslocado muito rápido e em sentido contrário às correntes.

Continua após a publicidade

No entanto, segundo depoimento das tripulações dos outros navios que responderam ao chamado do Titanic no dia do naufrágio, havia muitos icebergs na área do acidente. Tanto é que as rotas marítimas foram desviadas muitos quilômetros para o sul pelo resto da temporada de 1912. Assim, a dúvida sobre a procedência desses icebergs ainda existia.

De acordo com a pesquisa americana, a resposta sobre essa abundância de gelo na região está nos icebergs encalhados ou à deriva. À medida que os icebergs da Groelândia se movimentam para o sul, muitos ficam presos nas águas menos profundas do litoral de Terra Nova e Labrador, província do Canadá.

Normalmente, os icebergs permanecem no local até que derretam o suficiente para desencalhar ou até que uma maré alta os liberte. Assim, os astrônomos chegaram à conclusão de que a maré excepcionalmente alta de janeiro de 1912 teria desencalhado estes icebergs, que se deslocaram rumo ao sul pelas correntes oceânicas, tendo tempo suficiente para chegar às rotas de navegação do Titanic.

(Com EFE)

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.