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A segunda viagem do Endurance

Um século depois do naufrágio, o famoso barco de 44 metros a cerca de 3 000 metros de profundidade foi reencontrado

Por Alessandro Giannini Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 12h28 - Publicado em 11 mar 2022, 06h00

No dia 21 de novembro de 1915, o explorador britânico Ernest Shackleton deu o último adeus à embarcação que o havia levado até a Antártica, o Endurance, numa viagem que pretendia ser a primeira travessia naquela região inóspita. “Ele está indo, rapazes”, gritou da banquisa onde estava acampado com mais 27 homens. Todos correram para ver o veleiro de três mastros, já debilitado pela força esmagadora do gelo, ser abraçado pelas águas frias do Mar de Weddell. Um século depois do naufrágio, o Endurance foi reencontrado. Na quarta-feira 9, a expedição Endurance22 localizou o famoso barco de 44 metros a cerca de 3 000 metros de profundidade, dentro da área de busca definida pela equipe de cientistas, 4 milhas ao sul da posição registrada no momento do afundamento.

Em 5 de fevereiro, um quebra-gelo sul-africano, o Agulhas II, deixou a Cidade do Cabo para a jornada extraordinária: encontrar os destroços e explorá-los com drones submarinos de última geração. Como o naufrágio é protegido como patrimônio histórico e monumento sob o Tratado da Antártica, não foi tocado ou perturbado de nenhuma forma enquanto estava sendo pesquisado e filmado. “Estamos impressionados com nossa boa sorte em localizar e capturar imagens do Endurance”, disse Mensun Bound, diretor de exploração da expedição, em um comunicado. “Este é de longe o melhor naufrágio que eu já vi.”

Shackleton não foi o primeiro a chegar ao Polo Sul. A façanha pertence a Roald Amundsen, explorador norueguês que atingiu a região em 14 de dezembro de 1911. Mas Shackleton, que havia tentado outras vezes alcançar a calota polar, estabeleceu outra meta: poderia fazer história atravessando o continente. Com esse plano em mente, ele deixou a Inglaterra em agosto de 1914, parando primeiro em Buenos Aires, na Argentina, e depois na Ilha Geórgia do Sul, um território britânico ultramarino, antes de partir para a Antártica, em 5 de dezembro. Virou lenda ao resgatar os 22 homens que o acompanhavam no Endurance. Ao voltar para a Inglaterra, foi recebido como herói e seu feito, ao liderar e salvar o grupo de homens que estava com ele, inspira aventureiros até hoje.

Datas: A rua como palco

BLUES E JAZZ - Elliott: o vozeirão que virou uma das marcas de Nova Orleans, nos Estados Unidos -
BLUES E JAZZ - Elliott: o vozeirão que virou uma das marcas de Nova Orleans, nos Estados Unidos – (Taylor Hill/FilmMagic/.)

Elliot Small, o nome de batismo de Grandpa Elliott, era um dos mais conhecidos músicos de rua de Nova Orleans, nos Estados Unidos. Figura contumaz do French Quarter por mais de cinquenta anos, de lá ecoou sua fama ao redor do mundo, entre amantes do blues e do jazz, em meio a turistas que visitam a cidade. Cego, sempre vestido em seu macacão azul, camisa vermelha e chapéu, tinha voz encorpada e muito afinada. Em 2008, um vídeo feito pelo projeto Playing for Change, que registrou diversos músicos de rua pelo mundo, viralizou ao mostrar o artista interpretando uma versão de Stand by Me. Ele morreu em 8 de março, aos 77 anos, em decorrência de uma infecção de pele que se espalhou pela corrente sanguínea.

Publicado em VEJA de 16 de março de 2022, edição nº 2780

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