A busca da Europa por maior participação na corrida espacial
A Agência Europeia Espacial almeja um acréscimo de 25% em seu orçamento para missões na Lua e em Marte, mas inflação nos países compromete recursos

Na aquecida corrida espacial, a Europa tem desempenhado um papel secundário, enquanto chineses e norte-americanos brigam pelo protagonismo. Para tentar reverter a situação, a Agência Europeia Espacial (ESA, da sigla em inglês) está em busca de um aumento de 25% em seu orçamento anual. No encontro que acontece em Paris entre terça (22) e quarta-feira (23), o conselho ministerial espera obter 18,5 bilhões para o desenvolvimento de uma série de projetos.
Com os recursos, a ESA pretender trabalhar em missões para a Lua e para Marte, além de outras, menores, que envolvem o lançamento de satélites de comunicação global e de monitoramento climático. França, Itália e Alemanha têm especial interesse no desenvolvimento de foguetes, segundo a BBC, enquanto o Reino Unido deve focar nas telecomunicações.
Obter esse montante, no entanto, não será tarefa fácil. Embora as 22 nações que fazem parte da ESA sejam obrigadas a fazer contribuições, alguns projetos não são obrigatórios e envolvem contribuições voluntários de cada país membro, de acordo com seus próprios interesses políticos e econômicos. Com o cenário de inflação na Europa, a agência espera ter trabalho nas negociações.
Além dos investimentos feitos em agências governamentais, a recente corrida espacial conta com o interesse da iniciativa privada. Bilionários como Elon Musk e Jeff Bezos criaram empresas focadas no setor e têm firmado parcerias com a Nasa, a agência espacial norte-americana, para o desenvolvimento de foguetes e até estações espaciais.