Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Um ano decisivo na política do Brasil e de esperança na força da vacina

De mãos dadas a efemérides como os 200 anos da Independência e os 100 da Semana de Arte Moderna, 2022 será a estrada para nos levar ao bom caminho no futuro

Por Fábio Altman Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 12h26 - Publicado em 7 jan 2022, 06h00

Alguns anos são decisivos na história da humanidade, dado seu imenso poder de movimentar placas tectônicas. Tome-se como exemplo 1989, doze meses que fizeram ruir o bloco soviético, com a queda do Muro de Berlim. Há anos afeitos a pavimentar o amanhã, como aconteceu com 1968, porque era proibido proibir e não sobrou paralelepípedo sobre paralelepípedo nas ruas de Paris, Rio de Janeiro ou São Paulo, no “ano que não terminou”, na feliz e já clássica definição do jornalista Zuenir Ventura. E 2022, como entrará para a história? Não se trata de exercício de futurologia, muito menos de acessar uma bola de cristal inexistente, mas é possível antevê-lo como um tempo de arrumação — um período de olhar para o passado de modo a entender o presente.

Calhou de o ano em que o Brasil decidirá, na eleição presidencial de outubro, se prossegue ou não com a aventura do governo de Jair Bolsonaro ser marcado por efemérides — os 200 anos da Independência e os 100 anos da Semana de Arte Moderna. Em um e outro caso, o Brasil mudou. Naquele 7 de setembro de 1822, deixamos de ser colônia de Portugal para virarmos um reino. Era a abertura da estrada para um novo país, que depois abraçaria a República, mas que ainda hoje, dois séculos depois, parece exigir permanente zelo com a democracia, tão frágil, tão jovem. Atravessamos os séculos XIX, XX e este início do XXI no delicado equilíbrio entre o que fomos e o que desejamos ser, entre o que é fundamentalmente brasileiro e o que deve ser trazido de fora. É o que iluminou a Semana de 1922, ao beber da cultura beletrista da Europa e dos Estados Unidos, de modo a criar um caminho diferente, o do chiclete misturado com banana. Os modernistas redescobriram há 100 anos um Brasil que tinha sido reinventado 100 anos antes.

Em 2022, o ano 3 da pandemia, de esperança na força da vacina, apesar da eclosão da variante ômicron, o Brasil atrairá a atenção do mundo — em virtude da escolha do presidente, mas também dos 200 anos daquele grito do Ipiranga e porque está na hora de reconquistarmos a relevância perdida nos últimos tempos. O país tem, sim, condições políticas e econômicas para figurar no grupo de nações gigantes como os Estados Unidos ou China — que fará da Olimpíada de Inverno de Pequim, em fevereiro, vitrine de seu poderio. Convém olhar para os próximos meses, como se verá nas páginas a seguir, com o cuidado dedicado à antessala de um novo tempo. Pode não haver revoluções, talvez nenhum muro caia, mas 2022 é a janela histórica que nos levará para o futuro, sobretudo se formos capazes de virar a página da Covid-19 e soubermos escolher bem quem vai liderar o processo de modernização do Brasil.

Foto sem dataQuadro
1822 – (//Reprodução)

1822
Os 200 anos da Independência são um modo de o país olhar o passado para enxergar o amanhã

CHINA -
CHINA – (Gao Zehong/VCG/Getty Images)

China
A Olimpíada de Inverno em Pequim será vitrine das ambições globais da incontornável potência

Continua após a publicidade
CATAR -
CATAR – (Ali Haider/EFE)

Catar
A Copa do Mundo, a primeira no Oriente Médio, servirá de teste para o emirado absolutista

Publicado em VEJA de 12 de janeiro de 2022, edição nº 2771

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.