Tiroteio na Rocinha suspende aulas em escolas no Rio de Janeiro
Colégios públicos, particulares e a PUC-Rio, vizinha da comunidade, suspenderam as atividades nesta sexta-feira por questões de segurança
O intenso tiroteio que atingiu a favela da Rocinha na manhã desta sexta-feira afetou as aulas em escolas públicas, particulares e na Pontifícia Universidade Católica (PUC-Rio) – nota publicada no site da instituição informa a suspensão das aulas e acrescenta que “os funcionários técnico-administrativos estão liberados de suas atividades, caso considerem conveniente para a sua segurança ir para casa”.
O estacionamento da entrada da PUC, separado da Rocinha apenas por um túnel, está com seguranças na porta informando aqueles que chegam sobre a suspensão das atividades e orientando-os a não permanecerem no local. Após alguns momentos de pânico na universidade, alguns alunos deixaram o campus de carro, mas a maioria,está optando por utilizar o transporte público, por medida de segurança. A polícia faz uma operação na região desde o início da manhã, com participação do Batalhão de Choque.
A violência começou no último domingo, quando traficantes de facções opostas iniciaram uma disputa por pontos de droga dentro da Rocinha. Nesta sexta-feira, a situação se agravou e o governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) recorreu ao governo federal para que as Forças Armadas façam um cerco à comunidade para coibir fugas e combater a violência no local. “Estamos com indícios da presença de traficantes em uma região que estamos avançando. Temos certeza de que a reação que está ocorrendo no asfalto é por causa disso, nós não vamos recuar”, disse o governador.
O secretário de Segurança Pública, Roberto Sá, confirmou a autorização do Ministério da Defesa e disse que a ação já era avaliada há alguns dias. “Estávamos monitorando e avaliando a escalada da implementação de recursos. Hoje pela manhã surgiu uma necessidade”, afirmou.
(Com Estadão Conteúdo)