Temer se diz ‘tranquilíssimo’, mas antecipa volta ao Brasil
Presidente também afirmou que confia na lealdade do presidente da Câmara, Rodrigo Maia
Com a aceleração do desmoronamento da base aliada de seu governo no Brasil durante viagem oficial à Alemanha, o presidente Michel Temer disse neste sábado que está “tranquilíssimo” para voltar ao país. No entanto, ele embarca de volta ao Brasil antes do fechamento do evento em Hamburgo, na Alemanha.
Temer deu a declaração a jornalistas pela manhã quando saía do hotel em que está hospedado para participar do último dia de eventos oficiais da cúpula de líderes do G20, grupo das 20 economias mais ricas do globo. Junto com a palavra, o presidente fez sinal de positivo com as duas mãos.
Ao deixar o Le Meridien, ele foi questionado sobre sua estratégia de atuação ao retornar ao País hoje diante da acentuação da crise política. “Vou continuar trabalhando pelo país, fazendo a economia crescer, como está crescendo, sem nenhum problema, e fazendo com que todos fiquem em paz”, afirmou.
Com a volta antecipada de Temer, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, representou o Brasil na cúpula até o fechamento da edição da reunião anual alemã.
Na noite de sexta-feira, 7, Temer disse que confia na lealdade do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), que se tornou uma aposta para substituir o peemedebista caso ele seja afastado do cargo. Também cumprindo agenda oficial fora do Brasil, Maia – o primeiro da linha sucessória da Presidência da República – afirmou na Argentina que será sempre correto com Temer. Na quinta-feira, o presidente interino do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), disse que o país “caminha para a ingovernabilidade” na gestão Temer e afirmou que o deputado fluminense pode dar estabilidade ao país até 2018 e fazer a “travessia” do governo.
Em Hamburgo, o presidente disse que não tem porque duvidar da lealdade de Maia. “Acredito plenamente, ele só me dá provas de lealdade”, afirmou Temer. O presidente disse ainda que está tranquilo com a posição do PSDB sobre o governo e que tem “zero” de preocupação com uma debandada da legenda tucana do governo. O peemedebista afirmou que conversou com os quatro ministros do PSDB. “Me ligaram todos, me explicaram que a fala do Tasso não condiz com aquilo que pensa a maioria do PSDB”, afirmou o presidente.
(Com Estadão Conteúdo)