Temer condena uso de armas químicas na Síria
No Peru, presidente manifestou, ainda, preocupação com o aumento da escalada da violência no país
O presidente da República Michel Temer disse neste sábado, na 8ª Cúpula das Américas, em Lima, no Peru, que o Brasil tem “profunda preocupação” sobre a escalada da violência na Síria. O emedebista disse, ainda, que é preciso encontrar soluções baseadas no direito internacional para cessar ”tanto sofrimento”.
“Eu quero manifestar a profunda preocupação do nosso país com a escalada do conflito militar na Síria. Já é, pensamos nós, passada a hora de se encontrarem soluções duradouras, baseadas no direito internacional, para uma guerra que se estende há tempos demais, e um custo humano elevado também demais”, disse o presidente durante discurso na cúpula.
Em outro trecho do discurso, Temer condenou o uso de armas químicas e nucleares. “Condenamos, naturalmente, o uso de armas químicas, que é inaceitável. Essa é uma tese pregada, divulgada no nosso país há muito tempo. Mesmo a utilização de armas nucleares, de energia nuclear, no nosso caso não é proibida apenas pela ação do governo, mas é um caso de estado, já que está escrito na Constituição que armas nucleares e experiências nucleares apenas para fins pacíficos”, defendeu.
Através de sua conta no Twitter, o presidente voltou a citar a importância de se recorrer às diretrizes do direito internacional para solucionar o conflito. No tuíte, Temer destacou que as Nações Unidas devem se empenhar para solucionar o conflito.
Bombardeios
A Síria foi alvo de bombardeios, conduzidos por Estados Unidos, França e Reino Unido, na madrugada deste sábado. Segundo informações de autoridades militares dos EUA, os ataques atingiram um centro de pesquisa científica com uma pista de decolagem de aviação localizado em Damasco, capital síria, uma instalação de armazenamento de armas químicas em Homs, onde supostamente estaria a reserva de gás Sarin do regime do ditador Bashar al-Assad, e outra instalação próxima e com a mesma função, que continha também um posto de comando da Guarda Revolucionária da Síria.
Neste sábado, o Conselho de Segurança da ONU rejeitou uma resolução apresentada pela Rússia para condenar o ataque lançado nas últimas horas contra a Síria por Estados Unidos, Reino Unido e França.
O documento só conseguiu o apoio de três representantes do Conselho (Rússia, Bolívia e China), enquanto quatro se abstiveram (Peru, Cazaquistão, Etiópia e Guiné Equatorial).
Votaram contra os outros oito integrantes (EUA, Reino Unido, França, Suécia, Costa do Marfim, Kuwait, Holanda e Polônia), razão pela qual não obteve o mínimo de nove votos necessários para que a resolução fosse aprovada.
(com Reuters e EFE)