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Jorge Viana: Lei de Reciprocidade é último recurso e não pode virar guerra

Ao programa Ponto de Vista, presidente da Apex falou sobre atuação do governo brasileiro na esteira do tarifaço de Trump e resultados da Quaest

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 jul 2025, 13h31 - Publicado em 17 jul 2025, 09h21

O programa Ponto de Vista, de VEJA, desta quinta-feira, 17, falou sobre a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira, 17, que mostra que a rejeição ao presidente Lula diminuiu na esteira do tarifaço anunciado por Donald Trump ao Brasil. Também foram abordados os efeitos da ofensiva tarifária americana e as medidas que o governo tem adotado para contê-la.

Para comentar os temas, participaram Jorge Viana, presidente da Apex (Agência Brasileira de Promoção de Exportações), e o editor de VEJA José Benedito.

Viana citou a interlocução da agência com representantes de setores da economia brasileira e o esforço que tem sido feito, ao lado do comitê liderado por Geraldo Alckmin, para discutir o problema.

“Temos uma insegurança muito grande, e estamos procurando setor por setor para ver como a gente auxilia no cenário possível. Se for adiada (a aplicação das tarifas), cria-se um ambiente melhor para a gente avançar. Se não for, fica uma situação mais crítica para vários setores, e aí tem que entrar o governo, Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), fazendo algumas compras. Não é muito fácil a transferência para outros mercados, mas isso é possível”, disse.

Sobre a atuação de Tarcísio de Freitas (Republicanos) na gestão de crise do tarifaço — o governador de São Paulo inicialmente creditou a sanção ao governo Lula, mas depois decidiu tomar a frente e conversar com representantes do governo americano — Viana avalia que houve um “equívoco”.

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“Acho que o governador se equivocou num primeiro momento, de querer dar apoio ao que foi adotado pelo governo Trump, e se dispondo a pedir que liberassem passaporte do ex-presidente Bolsonaro pra que ele fosse ajudar a mudar isso”, disse. “Me parece uma coisa atabalhoada também querer uma negociação direta com o encarregado de Negócios (do governo americano), que não é nem um embaixador. Esse não é o caminho, eu fui governador por oito anos. E agora ele mudou um pouco o discurso, sentiu que a situação para o estado dele é muito crítica. Do que exportamos aos Estados Unidos, 70% saem do Sudeste e, apenas de São Paulo, é 30%”, afirmou.

O presidente da Apex falou ainda com cautela sobre a possibilidade de aplicação da Lei de Reciprocidade. Nesta semana, o presidente Lula sancionou a lei aprovada pelo Congresso em abril que permite que o governo adote medidas contra países que imponham sanções aos produtos brasileiros, alegando motivos comerciais, entre outros.

“Ela tem que ser aplicada em um caso extremo, quando todos os esforços tiverem chegado ao fim. E tem que ser aplicada com inteligência. Não pode ser só uma coisa ‘Me taxou em 50%, eu vou taxar em 50%’. Se for assim, os 50% nossos não vão danificar tanto os Estados Unidos como a tarifa deles vai danificar alguns setores. Aí, cabe ao governo brasileiro ver como que faz para uma reciprocidade não virar uma guerra, mas virar uma negociação forçada, onde o outro lado tem que entender que ele também vai perder muito se mantiver os 50%”, defendeu.

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O Ponto de Vista é transmitido a partir das 11h, de terça a quinta-feira, e você pode participar mandando sua pergunta nas nossas redes sociais ou pelo chat.

A entrevista é transmitida simultaneamente no YouTube e na home de VEJA, e para os inscritos no canal de VEJA no WhatsApp, bem como no serviço gratuito de streaming de VEJA, o VEJA+.

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