Último mês: Veja por apenas 4,00/mês
Continua após publicidade

Startup lança plataforma em defesa do nome social

Travestis e trangêneros ganham local para abrir reclamações e procurar resoluções colaborativas.

Por Valéria França Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 Maio 2024, 17h36 - Publicado em 1 fev 2024, 10h03

Os brasileiros ganharam uma nova ferramenta pela  conquista ao respeito do uso do nome social, que é a forma como uma pessoa reivindica ser chamada, sempre que o registro oficial não revelar a sua identidade de gênero. Mais do que uma preferência, trata-se de um direto assegurado pelo Decreto nº 8.727/2016, concedido a travestis e transexuais no âmbito da administração pública federal direta, autárquica e fundacional. Como essa lei muitas vezes é ignorada nas mais diversas situações do mundo corporativo, a startup Mais Labs criou o site Respeita Meu Nome. Trata-se da primeira ferramenta desenvolvida dentro da Universidade de São Paulo (USP), que usa a diversidade como uma solução de inovação e tecnologia.

Na plataforma, o usuário pode abrir uma reclamação sobre alguma situação, onde teve seu direito desrespeitado. A partir daí, começa o trabalho de mediação. Um e-mail é envido à empresa em questão, pedindo que o problema do reclamante seja resolvido o mais rápido possível. Caso a solicitação não seja atendida em trintas dias, um auxílio jurídico é disponibilizado para a vítima.

O conceito inicial da plataforma surgiu a partir de uma pesquisa realizada por Maria Miranda e Othon Arruda, do curso de Marketing da Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH) da USP, com o objetivo de investigar como as empresas se comportam em relação ao nome social. Eles analisaram 409 tweets relacionados a casos em que marcas não respeitaram o nome social de pessoas trans, relatados na rede social X, antigo Twitter, no primeiro semestre de 2023. Também foram identificados os desdobramentos desses tweets e as interações entre marcas e usuários por meio das menções diretas e indiretas.

Questão cada vez mais discutida dentro das universidades, o direito ao nome social é uma reivindicação que começa muito antes. Na última década, houve o aumento de 300% no uso dele dentro das escolas em pelo menos 12 estados brasileiros. O estado de São Paulo lidera o ranking com 7 mil registros em documentos escolares no período. Ao contrário de outras regiões, a rede paulista de ensino regulamenta o direito do uso do nome social no Cadastro de Alunos, pelo decreto número 55.588, implementado em 2010, pelo então governador José Serra (PSDB). Um exemplo que deveria ser seguido pelos demais executivos, que além de combater o constrangimento desde o início da vida escolar, ainda dá maior transparência para a questão.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Veja e Vote.

A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

OFERTA
VEJA E VOTE

Digital Veja e Vote
Digital Veja e Vote

Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

1 Mês por 4,00

Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

a partir de 49,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.