A sede da Procuradoria-Geral da República, em Brasília, amanheceu vandalizada neste sábado, 30. Placa que identifica o prédio público foi pichado com os dizeres “do Bolsonaro” logo acima da palavra “República”.
O órgão afirmou que a pichação já foi retirada e que será instaurado um inquérito administrativo e criminal para apurar a autoria do ataque.
Nesta semana, o procurador-geral da República, Augusto Aras, pediu a suspensão do inquérito do Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga blogueiros e deputados bolsonaristas acusados de produzir e distribuir fake news, além de publicar ameaças aos ministros da Corte. Despacho do ministro Alexandre de Moraes, relator da investigação, autorizou, nesta quarta-feira, 27, ação da Polícia Federal que cumpriu mandados de busca e apreensão contra 29 acusados, entre eles, os blogueiros Sara Winter e Allan dos Santos, os deputados estaduais Douglas Garcia (PSL-SP) e Gil Diniz (PSL-SP), e as deputadas federais Carla Zambelli (PSL-SP), Bia Kicis (PSL-DF).
No dia seguinte da operação, Bolsonaro fez uma visita surpresa a Aras, o que causou constrangimento entre servidores do órgão.
O procurador-geral da República foi indicado ao cargo pelo presidente Jair Bolsonaro, sem que sequer tivesse concorrido à eleição interna da lista tríplice, conduzida pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR). A escolha fora da lista quebrou uma tradição que vinha desde 2003, no primeiro governo do ex-presidente Lula.