Rio em Brumadinho está contaminado com metais pesados; lama correu 100 km
Águas do Rio Paraopeba, que corta a cidade mineira, apresentam riscos à saúde humana e animal; lama desce a uma velocidade de 1km/h
Por Redação
Atualizado em 31 jan 2019, 05h20 - Publicado em 30 jan 2019, 23h42
Indígenas da tribo Pataxó Ha-ha-hae olham para o rio Paraopeba enlameado, depois que uma barragem da mineradora Vale SA cedeu, em São Joaquim de Bicas, perto de Brumadinho, Minas Gerais - 25/01/2019 (FUNAI/Reuters)
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As águas do Rio Paraopeba, que corta Brumadinho, apresentam riscos à saúde humana e animal. É o que aponta um comunicado conjunto das Secretarias de Estado de Saúde, do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais divulgado na noite desta quarta-feira, 30.
1/25 Membro da equipe de resgate recebe jatos de água para remoção de lama proveniente do rompimento de barragem em Brumadinho - 13/02/2019 (Washington Alves/Reuters)
2/25 Membro da equipe de resgate recebe jatos de água para remoção de lama proveniente do rompimento de barragem em Brumadinho - 13/02/2019 (Washington Alves/Reuters)
3/25 Cachorro resgatado é lavado para remoção de lama proveniente do rompimento de barragem em Brumadinho - 13/02/2019 (Washington Alves/Reuters)
4/25 Equipe de resgate buscam vítimas em carro submerso no rio Paraopeba em Brumadinho, Minas Gerais - 05/02/2019 (Adriano Machado/Reuters)
5/25 Chewbacca, cão utilizado pelos bombeiros em resgates, auxilia na busca por vítimas após o rompimento de barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG) - 31/01/2019 (Mauro Pimentel/AFP)
6/25 Chewbacca, cão utilizado pelos bombeiros em resgates, auxilia na busca por vítimas após o rompimento de barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG) - 31/01/2019 (Mauro Pimentel/AFP)
7/25 Bombeiro hidrata cão farejador após operação de resgate de vítimas do rompimento de barragem em Brumadinho (MG) - 30/01/2019 (Adriano Machado/Reuters)
8/25 Cão farejador auxilia bombeiro em operação de resgate de vítimas do rompimento de barragem em Brumadinho (MG) - 30/01/2019 (Adriano Machado/Reuters)
9/25 Membro da equipe de resgate carrega galo sobrevivente do rompimento de barragem em Brumadinho, Minas Gerais - 30/01/2019 (Adriano Machado/Reuters)
10/25 Bombeiros recuperam corpo com a ajuda de um helicóptero em Brumadinho, Minas Gerais - 29/01/2019 (Rodney Costa/picture alliance/Getty Images)
11/25 Membros de equipe de resgate procuram vítimas durante o quinto dia de buscas após o rompimento de barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG) - 29/01/2019 (Washington Alves/Reuters)
12/25 Membro de equipe de resgate após retornar das buscas de vítimas do rompimento de barragem em Brumadinho (MG) - 27/01/2019 (Adriano Machado/Reuters)
13/25 Membro de equipe de resgate limpa as luvas cobertas de lama, após rompimento de barragem nos arredores de Brumadinho (MG) - 27/01/2019 (Adriano Machado/Reuters)
14/25 Bombeiro gesticula durante operação de resgate de vítimas após rompimento de barragem nos arredores da cidade de Brumadinho (MG) - 27/01/2019 (Adriano Machado/Reuters)
15/25 Membro da equipe de resgate se emociona após a missão de salvamento devido ao rompimento da barragem da Vale em Brumadinho, Minas Gerais - 28/01/2019 (Adriano Machado/Reuters)
16/25 Bombeiro e cão farejador durante operação de resgate de vítimas após rompimento de barragem da mineradora Vale, em Brumadinho (MG) - 27/01/2019 (Douglas Magno/AFP)
17/25 Membro de equipe de resgate procura vítimas após rompimento de barragem em Brumadinho (MG) - 28/01/2019 (Adriano Machado/Reuters)
18/25 Membros de equipe de resgate procuram vítimas após rompimento de barragem em Brumadinho (MG) - 28/01/2019 (Adriano Machado/Reuters)
19/25 Membro de equipe de resgate procura vítimas do rompimento de barragem em Brumadinho (MG) - 28/01/2019 (Douglas Magno/AFP)
20/25 Bombeiro reage durante operação de resgate de sobreviventes e vítimas do rompimento de barragem em Brumadinho (MG) - 28/01/2019 (Douglas Magno/AFP)
21/25 Bombeiros descansam durante operação de resgate após rompimento de barragem em Brumadinho (MG) - 28/01/2019 (Washington Alves/Reuters)
22/25 Membros de equipes de resgate se lavam após operação de busca por vítimas do rompimento de barragem em Brumadinho (MG) - 27/01/2019 (Pedro Vilela/Getty Images)
23/25 Bombeiro durante operação de resgate de vítimas após rompimento de barragem em Córrego do Feijão, nos arredores da cidade de Brumadinho (MG) - 27/01/2019 (Pedro Vilela/Getty Images)
24/25 Membros de equipe de resgate procuram vítimas após rompimento de barragem nos arredores da cidade de Brumadinho (MG) - 28/01/2019 (Adriano Machado/Reuters)
25/25 Corpo de Bombeiros realiza resgate após rompimento de barragem em Brumadinho, cidade da Grande Belo Horizonte, Minas Gerais - 25/01/2019 (Rede Record/Reprodução)
O texto adverte que qualquer pessoa que tenha tido contato, ingerido ou consumido alimentos preparados com a água que apresentarem náuseas, vômitos, coceira, diarreia, tontura ou outros sintomas deve procurar a unidade de saúde mais próxima. O rio foi atingido pelo rompimento da Barragem Mina do Feijão
As análises foram feitas com mostras coletadas entre os dias 25 (quando o acidente ocorreu) e 29. Foram encontrados valores até 21 vezes acima do aceitável de chumbo total e mercúrio total. Também foi constatada a presença de níquel, chumbo, cádmio, zinco no dia 26 em um dos pontos de monitoramento.
Diante dessa situação, o governo de Minas Gerais desaconselha o uso da água para qualquer finalidade até que a situação esteja normalizada. A recomendação vale desde a confluência do Rio Paraopeba com o Córrego Ferro-Carvão até Pará de Minas. Deve ser respeitada uma área de cem metros das margens acometidas.
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Lama de barragem já percorreu 100 km
Um levantamento realizado pela consultoria Ramboll indica que a lama da barragem da mina de Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), já percorreu cerca de 100 quilômetros até a quarta-feira 30. Pelos cálculos da consultoria, a lama está descendo a uma velocidade de 1 quilômetro por hora, mais lentamente do que no vazamento de Mariana (MG), ocorrido em 2015.
Com base em informações de dezenas de nanosatélites, a equipe de geosoluções da consultoria estima que a lama deverá alcançar o reservatório da refinaria de Três Marias, que fica a 340 quilômetros do local do acidente. Isso significa, necessariamente, que a lama deve ultrapassar a barreira do reservatório de Retiro Baixo.
Diferentemente de Mariana, a lama de Brumadinho desce mais lentamente porque ela está mais densa. No primeiro episódio, uma segunda barragem – de água – também se rompeu, fazendo com que a lama se diluísse e ampliasse a área atingida.
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