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Rio é o estado que mais demanda Exército; trafico é a causa

Levantamento mostra que 41% das operações se destinaram ao combate ao crime organizado de 1992 até 2017

Por Estadão Conteúdo
2 jan 2018, 08h49 • Atualizado em 2 jan 2018, 15h09
  • O mapa das 181 ações de segurança integrada das Forças Armadas mostra que o Estado do Rio de Janeiro é onde as tropas mais participaram de ações ligadas à segurança pública, seguido pelo Distrito Federal (um quinto das ações). Ao todo, 41% das operações no Rio se destinaram ao combate ao crime organizado de 1992 a 2017.

    Na semana passada, o governo prorrogou por mais um ano a permanência dos militares no Rio. Desde 2013, o Comando Militar do Leste (CML), do Exército, com sede no Rio, e a Marinha, registraram dezenove bandidos mortos e 81 feridos em ações realizadas no estado. Houve ainda dois militares mortos – um deles por tiro acidental – e 84 feridos. 

    Exército e Marinha registraram ainda a prisão de 1.375 suspeitos nas operações nos complexos do Alemão e da Maré e na chamada Operação Furacão. Antes disso, só havia registro de feridos nos anos 1990 –  dois feridos em um confronto com manifestantes em um evento e cinco feridos em operações no Rio contra o crime na década de 90.

    Só na Maré, a Marinha registrou 41 ataques armados contra seus homens. Os números são parciais, pois as Forças Armadas não dispõem dos dados de todas as operações. “Perdemos um cabo do 28º Batalhão de Infantaria na Maré. Podia ser mais, pois teve tiro que acertou placa balística. É uma ação que está muito perto da guerra, do bandido para cá. Daqui para lá é que não pode ser (de guerra)”, diz o general César Augusto Nardi de Souza, chefe de operações conjuntas do Ministério da Defesa.

    No Distrito Federal a proteção de eventos e de autoridades é a principal razão de convocação da tropa. Além de combaterem a criminalidade (19,3% das ações), os militares foram usados para garantir a segurança de eventos – como a Olimpíada – e encontros de chefes de Estado (23,2%). Greves de policiais – como a atual no Rio Grande do Norte – foram a terceira razão que mais pôs a tropa na rua (14,9%). A garantia das eleições veio a seguir (11%).

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    Até 2004, ações contra bandidos na fronteira também eram contadas como operação de segurança integrada pelas três Forças. Depois da lei que concedeu a elas o poder de polícia na fronteira, passaram a ser contadas em separado. De 1992 a 2004, ocorreram dezenove ações contra o crime nessas regiões (10,4%).

    Relevante ainda é o total de oportunidades em que os militares foram chamados para restabelecer a ordem ameaçada por conflitos sociais urbanos e agrários – 12,6%.

    Regras

    Ao todo, os documentos das três Forças obtidos pelo jornal O Estado de S. Paulo listam 181 operações de 1992 a 2017. Para ser considerada uma Ação de Garantia de Lei e da Ordem (GLO), o deslocamento da tropa deve ter autorização presidencial. Em função das mudanças legais nesses 25 anos, a conta do Ministério da Defesa tem 131 casos, pois exclui as ações na faixa de fronteira e casos em que considera ter ocorrido “apoio logístico”, como o uso de blindados da Marinha no Rio.

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    Além disso, as catorze fases da Operação Furacão são consideradas uma única ação pela Defesa. Caso fossem contadas em separado, a proporção de operações contra o crime no Rio representaria 57% das ações no estado.

    Em vez da ocupação, o modelo de ação atual no Rio prioriza o uso da inteligência em ações pontuais, segundo o general Sérgio José Pereira, chefe da assessoria de relações institucionais do CML. Para cada ação, a Defesa produz regras de engajamento da tropa. “Elas dizem o que se pode ou não fazer. Posso dizer que toda vez que a integridade física do militar é ameaçada ou para a defesa de terceiros, a legítima defesa é a regra. É diferente da guerra, onde você pode atirar no inimigo”, disse Nardi.

     

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