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Restaurante palestino é alvo de ataques em São Paulo

O Al Janiah é um estabelecimento que emprega refugiados, frequentado por um público identificado com pautas de direitos humanos e movimentos de esquerda

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 1 set 2019, 22h28 - Publicado em 1 set 2019, 22h27

O restaurante palestino Al Janiah, localizado no bairro do Bexiga, em São Paulo, sofreu um ataque na noite deste sábado, 31. Um vídeo de segurança, publicado nas redes sociais, mostra um grupo de homens atirando garrafas para dentro do estabelecimento.

Segundo a assessoria de imprensa do Al Janiah, o ataque ocorreu por volta das 3h30 do sábado, quando um grupo de cinco pessoas se aproximou da porta principal portando armas brancas e spray de pimenta. Ninguém ficou ferido. O restaurante afirma que está conversando com seus advogados e que, por isso, nenhum boletim de ocorrência foi feito até o momento.

Ainda segundo a assessoria, a invasão foi evitada pela própria equipe do Al Janiah. O restaurante diz ter sido vítima de um ataque da ‘extrema-direita’. A Polícia Militar não foi chamada para o local da ocorrência.

O Al Janiah é um restaurante palestino que emprega refugiados. O local é frequentado por um público universitário identificado com as pautas de direitos humanos e com movimentos de esquerda. No Facebook, o Al Janiah se manifestou: “Desde o inicio, o Al Janiah sempre foi conhecido por ser um espaço democrático, de defesa das minorias políticas e acolhimento de refugiados. Sua historia se liga à luta pela Libertação da Palestina”.

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Há três anos, durante atos contra o impeachment da presidente cassada Dilma Rousseff (PT), o restaurante também esteve no noticiário – quando, segundo o empresário Hasan Zarif, proprietário do estabelecimento, a Polícia Militar lançou bombas de gás lacrimogêneo contra o local (que na ocasião ficava em outro endereço no centro de São Paulo).

Em maio de 2017, Zarif chegou a ser detido durante um confronto com manifestantes de um grupo chamado Direita São Paulo.

A assessoria do Al Janiah respondeu, por meio de nota, que os incidentes da madrugada de sábado e o de 2016 não podem ser considerados como mera coincidência. “Não é coincidência tendo em vista o momento que nosso país está passando. De 2016 pra cá, temos sofrido com uma escalada do ódio e da intolerância, que hoje segue sendo reforçada por nosso presidente. Ser um espaço democrático, com pessoas de diversas partes do mundo, é uma posição não só política mas de projeto de sociedade”.

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