Quem é o coronel alvo da operação Contragolpe da PF
Ele é investigado por ajudar plano golpista e tentar atrapalhar investigações
Além da prisão preventiva de Walter Braga Netto no último sábado, 14, a Polícia Federal (PF) também cumpriu mandados de busca e apreensão contra o coronel da reserva Flávio Botelho Peregrino. Braço-direito de Braga Netto, ele é suspeito por envolvimento com a trama golpista de 2022 e foi proibido de se comunicar com outros investigados.
Peregrino, que ingressou no Exército em 1986 e passou à reserva em 2020, ocupou cargos no Gabinete de Segurança Institucional, Casa Civil e Ministério da Defesa durante o governo Bolsonaro, frequentemente acompanhando Braga Netto. Em 2022, foi nomeado assessor de comunicação na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), no gabinete do deputado Thiago Manzoni (PL).
A PF afirma que há indícios de que Peregrino e Braga Netto participaram de planos para abolir o Estado Democrático de Direito e impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva. Um documento apreendido na sede do Partido Liberal, encontrado na mesa de Peregrino, detalhava a “Operação 142”, que previa intervenção militar para evitar que Lula assumisse. Outro arquivo indicava tentativas de obter informações sobre a delação premiada de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, para atrapalhar investigações.
Apesar das suspeitas, Peregrino não está na lista de indiciados pela tentativa de golpe. O deputado Thiago Manzoni, ao saber da operação contra seu assessor, declarou que aguardará o desenrolar das investigações para decidir sobre a permanência dele no gabinete.