Qual será o futuro do Galeão
União, Estado e Prefeitura do Rio discutirão edital conjunto para os dois aeroportos fluminenses
Um edital único de licitação para os aeroportos Santos Dumont e Internacional do Galeão. É essa a proposta que vem sendo negociada entre governo federal, Prefeitura do Rio de Janeiro e a gestão estadual. Uma reunião que incluirá o prefeito da capital, Eduardo Paes (PSD), o governador Cláudio Castro (PL), o ministro de Portos e Aeroportos do Brasil, Márcio França, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) acontecerá no próximo dia 24, em Brasília, para fechar o formato do edital. A ideia é que os dois aeroportos sejam concedidos a uma mesma empresa.
A busca do consenso se dá para equilibrar o uso dos dois aeroportos, uma demanda tanto da prefeitura quanto do estado. Em um primeiro momento, antes da licitação, a Anac está redistribuindo os voos, desde 2021 transferidos para o Santos Dumont, na Zona Sul da capital. Em oito anos, a redução do número de passageiros naquele que já foi considerado o segundo maior hub (concentrador de voos) do país, chegou a 65% — passou de 17 milhões para 5,9 milhões.
Há uma semana, Márcio França determinou que em 2023 o Santos Dumont mantenha o fluxo identificado em 2022, que foi de 10 milhões. Ele afirmou, em suas redes sociais, que é hora de devolver o protagonismo ao Galeão. Afirmou ainda que este é um compromisso do governo Lula.
O espaço ocioso no Galeão, localizado na Zona Norte a cidade do Rio, vem gerando prejuízos ao Estado e à Prefeitura. Para se ter uma ideia da diferença de tamanho dos aeroportos, a pista de pouso do Santos Dumont mede 1.325 metros, enquanto a do Galeão, 4.000 metros.