Quaest: nas redes sociais, maioria dos posts foi contra a prisão de Bolsonaro
Levantamento indica que detenção do ex-presidente teve maior repercussão online do que o julgamento do STF no qual foi condenado
A prisão preventiva de Jair Bolsonaro, decretada no último sábado, 22, tornou-se um dos episódios da política brasileira com maior repercussão nas redes sociais. Levantamento publicado pela Quaest no domingo, 23, indica que a detenção do ex-presidente gerou aproximadamente 448.000 menções nas plataformas digitais, publicadas por 128.000 usuários e atingindo um público estimado em 116 milhões de usuários.
De acordo com a pesquisa, cerca de 42% das publicações sobre o assunto foram contrárias à prisão de Bolsonaro, enquanto 35% mostravam viés favorável à medida cautelar. O levantamento foi realizado entre a manhã de sábado, quando começaram a circular as notícias da detenção, e as 14h de domingo — horas depois, a Polícia Federal divulgou um vídeo da tornozeleira eletrônica do ex-presidente danificada, no qual o próprio Bolsonaro confessa ter usado um ferro de solda para tentar remover o dispositivo.
Segundo a Quaest, a expressão “Prisão preventiva de Bolsonaro” teve cerca de 56.000 menções por hora nas redes sociais no intervalo entre 6h e 14h de sábado, liderando o ranking de repercussão digital em uma lista de episódios políticos recentes. A mobilização nas redes foi maior do que no primeiro dia de julgamento do ex-presidente pelo Supremo Tribunal Federal, em 2 de setembro, quando “Julgamento Bolsonaro” gerou 44.000 menções por hora.
Em seguida, no ranking de repercussão nas plataformas digitais, aparecem os termos “Megaoperação RJ”, entre 28 e 29 de outubro (37.000 menções por hora); “Aplicação Lei Magnitsky”, entre 28 de julho e 1º de agosto (31.000 menções por hora); “PEC da Blindagem”, entre 16 e 19 de setembro (24.000 menções por hora); “Disputa Governo-Congresso”, entre 24 de junho e 8 de julho (17.000 menções por hora); e “Felca – Adultização”, entre 6 e 13 de agosto (5.500 menções por hora).
O levantamento da Quaest foi realizado a partir de ferramentas de Social Listening nas redes Instagram, Facebook, X (ex-Twitter), TikTok, YouTube, Reddit, Tumblr e Bluesky, além de portais de notícias e buscas direcionadas no Google e na Wikipédia.
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