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Polícia prende médico suspeito de cárcere privado de paciente

Cirurgião plástico, o equatoriano Bolivar Guerrero Silva foi detido no Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro

Por Adriana Cruz Atualizado em 18 jul 2022, 19h04 - Publicado em 18 jul 2022, 18h10

Feita pela família de uma paciente, a denúncia de que ela estaria sendo mantida em cárcere privado levou à prisão do cirurgião plástico equatoriano Bolivar Guerrero Silva por agentes da Delegacia de Atendimento à Mulher (Deam), no Hospital Santa Branca, em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro, nesta segunda-feira (18). Ele teve a prisão temporária de cinco dias decretada pela Justiça e suspensão do registro no Conselho Regional de Medicina (CRM).  O médico é investigado por lesão corporal grave, associação criminosa e cárcere privado. As investigações começaram há uma semana. Neste período, a unidade de saúde, que é particular, se recusou a entregar à polícia o prontuário e o relatório médico da paciente.

“Há uma semana, tentávamos contato com a vítima, mas o hospital argumentava que ela estava sedada e, por isso, sem condições de falar. Constatamos que isso era mentira e na na sexta-feira, 15, conseguimos contato com a paciente que pediu pelo amor de Deus para deixar o hospital. Ela fez uma espécie de pedido de socorro alegando que iria ‘morrer ali’. Além da prisão do médico, foram apreendidos quatro celulares”, informou a delegada Fernanda Fernandes, que está à frente das investigações. Em nota, o hospital negou a acusação feita pela família da vítima de cárcere privado.

De acordo com a família, a mulher não podia sair da unidade há mais de um mês em razão de ter feito uma abdominoplastia. O procedimento foi realizado em março, mas ela voltou no mês passado para se submeter a mais três intervenções que não teriam sido bem-sucedidas. “Ela conseguiu uma ordem judicial para ser transferida para outro hospital particular, mas que ainda não foi cumprida”, esclareceu Fernanda Fernandes. Em nota, a equipe de Bolivar sustentou em um dos trechos que ela queria ser liberada sem ter terminado o tratamento, o que seria imprudente.

Na Justiça, Bolivar também é réu em pelo menos dezenove processos. Em um deles, de 2010, o médico chegou a ser preso acusado de integrar grupo que comercializava ou aplicava medicamentos sem registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária. Entre os produtos, havia grande quantidade de Botox comprado da China por 450 reais, quando custava 1.000 reais no mercado formal. O caso ainda está em tramitação.

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