Polícia prende suspeito de ataque ao bicheiro Vinicius Drummond
Criminosos usaram fuzis e carros clonados em emboscada na Barra da Tijuca; PM da ativa está entre os alvos da operação

A Polícia Civil do Rio prendeu, na manhã deste sábado, 19, Deivyd Bruno Nogueira Vieira, conhecido como Piloto, suspeito de integrar o grupo responsável pelo atentado contra o bicheiro Vinicius Drummond, no início do mês, na Barra da Tijuca. A ação foi coordenada pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC). Entre os alvos, estão dois criminosos já investigados por envolvimento na execução do advogado Rodrigo Marinho Crespo, em frente à sede da OAB, em 2024.
Além de Piloto, a Justiça decretou a prisão de Rafael Ferreira Silva, o Cachoeira, Adriano Carvalho de Araújo, e do policial militar da ativa Luis César da Cunha, lotado no 15º BPM. Até o momento, apenas Deivyd foi localizado e preso. Ele também foi autuado em flagrante por porte ilegal de arma de uso restrito, ao ser encontrado com uma pistola 9mm sem autorização. Deivyd foi expulso da PMERJ em 2024, após ser flagrado em crimes de receptação de veículo roubado e tráfico de drogas.
De acordo com a investigação, o ataque contra Vinicius Drummond ocorreu em 11 de julho, logo após o bicheiro deixar um shopping, na Barra da Tijuca. Dois veículos clonados — um Hyundai HB20 e um Honda HR-V blindado e modificado com “seteiras” (aberturas para tiros nos vidros) — passaram a seguir o carro da vítima, um Porsche blindado.
Na altura da estação do BRT Ricardo Marinho, na Avenida das Américas, os criminosos efetuaram pelo menos 30 disparos de fuzil calibre 7,62mm. A blindagem do veículo impediu que Drummond fosse atingido gravemente — ele sofreu apenas ferimentos leves.

Após o crime, os autores abandonaram o HR-V em Guaratiba, com um pneu estourado. O HB20 seguiu para Duque de Caxias. Os homens que estavam no HR-V sequestraram a motorista de uma Ford Ranger e a obrigaram a levá-los até Nova Iguaçu, onde foram resgatados por outro integrante do grupo, que conduzia um VW T-Cross clonado.
A DHC identificou que o grupo saiu de Duque de Caxias, percorreu mais de 60 quilômetros e retornou ao ponto de origem após a ação. A investigação reuniu imagens de câmeras de segurança que mostram o monitoramento prévio da rotina da vítima, além de permitir a reconstituição completa da movimentação dos veículos envolvidos.
Segundo a polícia, Deivyd Bruno e Rafael Cachoeira integram uma organização criminosa com atuação em Duque de Caxias. A operação desta sexta representa a primeira fase da investigação, que segue em andamento para identificar os demais partícipes, executores, mandantes e a motivação do crime.