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Polícia prende Bernardo Bello, suspeito de integrar Escritório do Crime

Ele é acusado de matar Bid, rival no jogo do bicho; VEJA antecipou delação Julia Lotufo, viúva de chefe da facção, com detalhes de crimes do contraventor

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 29 jan 2022, 16h58

O Ministério Público do Rio de Janeiro anunciou neste sábado, 29, a prisão do líder da contravenção carioca Bernardo Bello, acusado de ser o mandante do assassinato do bicheiro Alcebíades Paes Garcia, o Bid.  Ele foi detido na noite desta sexta-feira 28, em Bogotá, na Colômbia, por policiais da Interpol, com apoio da Polícia Civil do Rio de Janeiro. A prisão foi decretada pela juíza Tula Mello, do I Tribunal do Júri da Capital.

Bernardo Bello foi denunciado pelo MP do Rio de Janeiro como autor intelectual do atentado da noite de 25 de fevereiro de 2020, na Barra da tijuca, que resultou na morte de Bid, de quem era rival na disputa por pontos de jogo do bicho em algumas áreas do Rio de Janeiro. O bicheiro  voltava da Marquês de Sapucaí, onde acompanhava os desfiles das escolas de samba, quando sofreu a emboscada.

O MP do Rio também denunciou os criminosos apontados como envolvidos no homicídio. Foram denunciados e tiveram as prisões preventivas decretadas Leonardo Gouvêa da Silva, o Mad (louco em inglês), e seu irmão Leandro Gouvêa da Silva, o Tonhão. Que já estão presos e eram integrantes do chamado Escritório do Crime, grupo de matadores responsável por dezenas de assassinatos no Rio de Janeiro. Mad e Tonhão monitoraram as movimentações de Bid antes do assassinato.

Thyago Ivan da Silva e Carlos Diego da Costa Cabral, ambos presos neste sábado, no Rio, foram denunciados pelo MPRJ, respectivamente, pelo fornecimento de informações e localização da vítima e abandono de seu posto de vigilância. Segundo o MPRJ, Wagner Dantas Alegre, segurança de Bernardo Bello, é apontado como autor dos disparos de tiros de fuzil calibre 5,56 contra Bid.

Julia Lotufo
Julia Lotufo: viúva do capitão Adriano da Nóbrega disse que Bernardo Bello escolhia as vítimas que iam morrer (reprodução/Reprodução)
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A prisão de Bernardo Bello reforça a delação que Júlia Lotufo fez para o Ministério Público do Rio de janeiro. Ela era esposa do ex-capitão Adriano Magalhães da Nóbrega, que comandou o Escritório do Crime. Ele morreu na Bahia, no início do ano passado, durante cerco da PM. Julia apontou Bernardo Bello como chefe do grupo e extermínio e deu detalhes de vários assassinatos, inclusive o de Bid. A delação completa de Julia Lotufo foi publicada por VEJA em agosto do ano passado.

Bernardo Bello, ex-presidente e ex-patrono da escola e samba Vila Isabel, segundo Julia, era o responsável por indicar quem seria morto e Adriano ficava responsável pela “força armada” do Escritório do Crime, traçando a tática para a execução. As vítimas eram enterradas nos fundos do Haras Modelo, localizado em Guapimirim, no Rio de Janeiro, onde segundo a viúva foram enterrados dezenas de corpos.

VÍTIMAS - Corpos foram sepultados em cemitério clandestino dentro do haras -
VÍTIMAS - Corpos foram sepultados em cemitério clandestino dentro do haras – (./Reprodução)

O governador do Rio, Cláudio Castro, de divulgou um vídeo parabenizando a polícia pela prisão do Bello, segundo ele “um criminoso extremamente perigoso”.

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