Polícia indicia seis PMs por chacina de Osasco
Outro indiciado é um guarda-civil metropolitano. Crime ocorreu há quatro meses
Quatro meses após a chacina de Osasco e Barueri, na Grande São Paulo, a Polícia Civil concluiu o inquérito que investigava o caso e indiciou seis policiais militares e um guarda-civil metropolitano por envolvimento no assassinato de 23 pessoas. A informação foi confirmada pela Secretaria de Segurança Pública do Estado nesta sexta-feira. O caso está em segredo de Justiça.
A SSP também informou que outro homem foi preso, acusado de ameaçar testemunhas da chacina. Já estava preso o soldado da Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota) Fabrício Emmanuel Eleutério, também suspeito de participar do crime. Ele responde a outros cinco processos no Estado, por suspeita de integrar um grupo de extermínio.
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Caberá, agora, ao Ministério Público do Estado de São Paulo decidir se denunciará, ou não, os indiciados à Justiça. Se o MP oferecer denúncia, eles passam a ser acusados de assassinato. Então, a Justiça analisa se aceita denúncia e, em caso positivo, os acusados passam a ser réus no processo.
Em 13 de agosto, dezenove pessoas foram mortas em uma série de ataques a tiros. Dias após os crimes, o governo do Estado criou uma força-tarefa para investigar as mortes e constatou que a chacina estava relacionada com quatro mortes cometidas cinco dias antes, na região. Por meio da perícia balística, ficou provado que as armas utilizadas nos dois eventos eram as mesmas. Dessa forma, subiu de 19 para 23 pessoas o número de mortos – outras sete ficaram feridas. Os primeiros quatro homicídios, ocorridos no dia 8 de agosto, teriam acontecido por causa da morte do policial militar, em um posto de combustível. Depois do assassinato do guarda, vieram os crimes em série.
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(Da redação)