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Polícia encontra dois corpos carbonizados e granadas na Rocinha

Um homem que portava uma pistola morreu após entrar em confronto com os policiais; três moradores da favela ficaram feridos na operação

Por Da Redação
Atualizado em 18 set 2017, 17h48 - Publicado em 18 set 2017, 17h11

Em operação realizada nesta segunda-feira na favela da Rocinha, no Rio de Janeiro, a Polícia Militar prendeu três pessoas e apreendeu duas granadas e roupas do Exército e de fuzileiros navais. De acordo com a PM, também foram encontrados dois corpos carbonizados, já recolhidos pela Delegacia de Homicídios.

No início da manhã desta segunda, um homem baleado em confronto foi levado para o Hospital Municipal Miguel Couto, na Gávea, Zona Sul da cidade, mas não resistiu aos ferimentos, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMS). Com ele, foi apreendida uma pistola calibre 9 mm. Três moradores ficaram feridos na ação.

A operação começou às 4h30, com a participação das unidades do Comando de Operações Especiais (COE), dos batalhões de Operações Especiais (Bope), Choque, Ação com Cães (BAC) e do Grupamento Aeromóvel (GAM). A PM afirmou que o objetivo foi “identificar e prender os criminosos envolvidos na disputa do tráfico de drogas local”. “Após a entrada da Polícia Militar, e estabilização do terreno, agentes da Polícia Civil vão cumprir mandados de prisão na Rocinha”, informou a corporação.

Confronto no domingo

A ação ocorreu após confronto entre criminosos de uma mesma facção deixar pelo menos um morto na Rocinha, no domingo. Segundo o porta-voz da Polícia Militar, Ivan Blaz, o serviço de inteligência da corporação estava monitorando possível invasão de território para retomada do controle do tráfico de drogas na favela, mas não foi possível identificar o dia em que ocorreria a ação.

Segundo o delegado da Polícia Civil Antônio Ricardo, titular da 11ª DP, as investigações levaram à tentativa de retomada do território pela ex-liderança do tráfico local, Antônio Bonfim, derrubado por Rogério Avelino, que estaria escondido na parte alta da Rocinha, segundo informações apuradas pela polícia. O delegado considera que a ação desta segunda obteve sucesso.

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Segundo o delegado, por enquanto “a comunidade está em aparente normalidade, com ocupação por parte as forças especiais e as prisões e apreensões vão ocorrer no decorrer do dia”.

O balanço final divulgado pelo Twitter da PM contabiliza a apreensão de três pistolas, sendo duas 9 mm e uma 40mm, 320 embalagens de maconha, 120 de crack, oitenta pinos de cocaína, 1,5 quilos de maconha em tablete, quatro vidros com lança-perfume, um radiotransmissor, duas granadas, duas gandolas, uma calça do Exército e uma bermuda camuflada.

Escolas e hospitais fechados

Segundo a Secretaria Municipal de Educação, oito escolas, seis creches e um Espaço de Desenvolvimento Infantil (EDI) não funcionaram nesta segunda por causa dos confrontos em favelas, deixando 4.441 alunos sem aulas. Os locais afetados são a Comunidade do Juramento, em Vicente de Carvalho, e Serrinha, em Madureira, ambas na Zona Norte; e Vila Canoas, em São Conrado e Vidigal, além da Rocinha, na Zona Sul.

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A Secretaria Municipal de Saúde disse que a Unidade de Pronto Atendimento (UPA), o Centro de Atenção Psicossocial (Caps), o centro de saúde e duas clínicas da família localizadas na Rocinha também não estão funcionando “devido à situação do território”.

(Com Agência Brasil)

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