Polícia busca suspeitos da morte de advogado no Rio
Dois homens são alvo de mandado de prisão, entre eles um policial militar, preso anteriormente acusado de integrar milícia
A Polícia Civil deflagrou nesta segunda-feira, 4, uma operação contra dois suspeitos pela participação no assassinato do advogado Rodrigo Marinho Crespo, morto no último dia 26, no Centro do Rio. Os alvos dos mandados de prisão e de busca e apreensão são Eduardo Sobreira Moraes e o policial militar Leandro Machado da Silva. Um deles teria atuado no monitoramento da vítima, enquanto o agente teria sido o responsável pela logística e possivelmente pela execução.
Policial lotado no 15º Batalhão, de Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, Silva, segundo a Polícia Militar, já estava afastado do serviço nas ruas, pois responde a um outro inquérito por participação em organização criminosa. Ele já havia sido preso preventivamente em abril de 2021, acusado de pelo crime de homicídio e por integrar um grupo de milicianos que atua na cidade. Ele também atuaria como segurança do filho de um contraventor, já morto.
No crime, o agente teria entregue o automóvel usado por Eduardo Moraes para vigilância da vítima nos dias que antecederam o crime e também no dia do assassinato. Ele utilizou um carro semelhante ao usado pelos executores do homicídio. A Polícia Civil, no entanto, ainda apura a motivação do crime.
Em nota, a PM diz que “a Corregedoria Geral da Corporação apoia a operação da Polícia Civil” e que “já havia instaurado um Procedimento Administrativo Disciplinar em relação ao policial, que pode culminar com sua exclusão das fileiras da corporação”. A corporação destaca que segue colaborando com a investigação e que “condena qualquer cometimento de crime realizado por seus entes, punindo com rigor os envolvidos quando constatados os fatos”.
A ação, da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), cumpre ao todo cinco mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos suspeitos, além dos mandados de prisão temporária.
O caso
Advogado, Rodrigo Marinho Crespo foi executado à luz do dia, no Centro do Rio, a poucos metros da sede da Ordem dos Advogados do Brasil. Ele era sócio do escritório Marinho e Lima Advogados, especializado em direito civil empresarial, que fica na mesma avenida.
De acordo com testemunhas, homens encapuzados desceram de um carro branco e chamaram Rodrigo pelo nome antes de atirar contra ele. Mais de dez disparos foram efetuados. Segundo a Polícia Militar, ao chegarem ao local, os agentes “depararam com um homem já em óbito, caído ao chão, com várias marcas de disparos de arma de fogo”.