Relâmpago: Revista em casa por 8,98/semana

Pesquisadora feminista deixa Brasília por orientação policial após ameaças

A antropóloga Débora Diniz, professora do Departamento de Direito da UnB, se ausentou da capital federal após ouvir ameaças e agressões verbais

Por Agência Brasil
Atualizado em 21 jul 2018, 16h01 - Publicado em 21 jul 2018, 15h58

A antropóloga Débora Diniz, professora do Departamento de Direito da Universidade de Brasília, e pesquisadora em temas feministas do Instituto Anis, residente em Brasília, deixou a capital federal após ouvir ameaças e agressões verbais.

O destino é desconhecido e a viagem ocorreu após orientação policial. Em junho, Diniz prestou queixa na Delegacia Especial de Atendimento à Mulher (Deam). Segundo a Polícia Civil, “a investigação é desenvolvida em sigilo”.

Há relatos de que a pesquisadora recebeu pela internet e ouviu ameaças de morte, foi perseguida após uma palestra e tem sido procurada na universidade por pessoas estranhas ao ambiente acadêmico – nem alunos, professores ou pesquisadores.

Débora Diniz é vítima de assédio desde a década passada, quando publicou pesquisa sobre aborto por anomalia fetal. “Mas as ameaças cresceram rapidamente nos últimos meses”, descreve fonte que pede para não se identificar.

A pesquisadora é uma dos 45 representantes da sociedade civil que participarão de audiência pública no Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto para discutir a aplicação dos artigos do Código Penal que criminalizam o aborto provocado pela gestante ou realizado com sua autorização.

Continua após a publicidade

A ONU prestou solidariedade à pesquisadora em nota que expressa preocupação e “repudia as manifestações de ódio e ameaças”. A organização afirma que Débora Diniz é “ativista de longa data pela saúde pública e universal” e “é internacionalmente reconhecida por seu trabalho (…) em questões relacionadas à saúde e direitos sexuais e reprodutivos das mulheres”.

A Lei Maria da Penha tipifica violência psicológica e moral contra as mulheres e prevê penalidades. Segundo dados da Secretaria de Segurança Pública, essas formas de violência foram as mais recorrentes no ano passado e no primeiro trimestre deste ano (64,5% nos dois períodos).

Em todo o país, o balanço do Ligue 180 da Secretaria Nacional de Políticas para as Mulheres registra em 2016: 44.630 relatos de violência psicológica (31,8% dos casos registrados) e 8.439 relatos de violência moral (6,01%).

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada edição sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.