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Papa viaja a Milão com escândalo no Vaticano como pano de fundo

Por Olivier Morin
1 jun 2012, 16h01

Bento XVI viajou nesta sexta-feira a Milão (norte da Itália) para se reunir com católicos de 153 países e destacar a importância da família nas sociedades em crise, fazendo um pausa no escândalo sobre o vazamento de documentos que atinge o Vaticano.

O Papa chegou a Milão às 15h15 GMT (12h15 de Brasília) a bordo de um Airbus 319 da Força Aérea italiana e foi recebido pelas autoridades locais, entre elas o prefeito Giuliano Pisapia.

Diante da histórica catedral milanesa, o Papa fez um apelo pelo “laicismo positivo” em uma cidade governada há um ano pela esquerda radical.

O Papa permanecerá na capital econômica da península até domingo e cumprirá um programa muito pesado para uma pessoa de 85 anos, durante o qual pronunciará sete discursos e homilias diante de famílias inteiras provenientes de todos os continentes para participar do VII Encontro Mundial das Famílias.

Centenas de espanhóis e de imigrantes latino-americanos acompanharão o Papa durante a visita, entre as mais amargas de seu pontificado, já que será marcada pela ausência e pela deslealdade de um de seus assistentes mais próximos, Paolo Gabriele, seu mordomo, detido há 10 dias por roubar e vazar à imprensa documentos e cartas reservados do pontífice e de seu secretário.

O funcionário foi substituído por outro laico, Sandro Mariotti, que realiza a sua primeira viagem como mordomo ao lado do pontífice.

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Bento XVI fala sem problemas do escândalo que atinge os palácios apostólicos e em várias ocasiões admitiu que tudo isso encheu de “tristeza o coração”, embora tenha criticado os meios de comunicação por apresentarem uma “imagem deformada” do Vaticano.

O Papa tenta acalmar assim os católicos de todo o mundo, desconcertados e preocupados diante das divisões dentro da Igreja, e também espera aliviar as tensões evidentes entre os hierarcas da Cúria Romana, seus ministros, acusados de protagonizar uma luta pelo poder.

O que está ocorrendo no Vaticano “não ofuscará absolutamente” a mensagem do Papa, nem sua visita, segundo o cardeal Angelo Bagnasco, presidente da Conferência Episcopal Italiana, que o acompanhará durante seu giro.

“A família deve ser considerada patrimônio da Humanidade”, disse Bento XVI na Praça de Duomo, diante da catedral.

O Papa assistirá depois a um concerto em sua honra no famoso teatro La Scala, para ouvir a Nona Sinfonia de Beethoven, com a regência do maestro argentino-israelense Daniel Barenboim.

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A visita continuará no sábado, dia 2 de junho, com uma “meditação” na catedral e um encontro com jovens que receberão o sacramento da confirmação no estádio de San Siro.

O evento central irá ocorrer à noite, uma vigília de oração no Parque de Bresso, que contará com a presença de cerca de 300 mil pessoas.

No domingo, no mesmo local, aproximadamente um milhão de pessoas assistirão à missa de encerramento.

O Papa defenderá o modelo católico de família, no qual o casamento entre um homem e uma mulher é considerado “indissolúvel”, um tema que divide inclusive os católicos.

Com o lema do encontro, “A Família, o trabalho e a festa”, o Papa espera ressaltar os valores da família tradicional no mundo moderno e despertar o entusiasmo e a solidariedade da multidão para superar não apenas a própria dor, mas demonstrar que a imagem da igreja não se deteriorou com os escândalos.

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Várias manifestações de protesto foram organizadas por grupos de homossexuais, que pedem a legalização na Itália do casamento gay, que sofre uma forte oposição da Igreja local.

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