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Os encontros sigilosos de Guido Mantega na Presidência da República

Ex-ministro fez pelo menos cinco viagens 'urgentes' de São Paulo para Brasília, pagas com recursos dos cofres públicos

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 12 abr 2025, 15h43

Uma reportagem publicada na edição impressa de VEJA desta semana mostra o esforço do governo Lula para resgatar petistas que ao longo dos últimos anos foram investigados, condenados e até presos por crimes como corrupção. A lista inclui, entre outros, figuras como o ex-ministro José Dirceu e a ex-presidente Dilma Rousseff.  O empenho do momento é para trazer de volta o ex-ministro da Fazenda Guido Mantega.

Lula já tentou, sem sucesso, colocar o ex-ministro nos conselhos de administração das empresas Vale e Braskem. A investida agora mira o conselho fiscal da Eletrobras. O empenho do presidente em redimir os antigos companheiros tem, inclusive, desdobramentos financeiros. Entre novembro de 2023 e dezembro de 2024,  Mantega supostamente teve vários encontros com Lula fora da agenda oficial.

O ex-ministro da Fazenda foi apontado como responsável por erros na condução da política econômica e pelas manobras contábeis que resultaram no impeachment da ex-presidente  Dilma Rousseff. Depois de deixar o governo, em 2015, ele foi investigado por corrupção, chegou a ser preso e assumiu ter uma conta bancária não declarada no exterior. Os processos, porém, acabaram arquivados.

O Portal da Transparência do governo mostra que a Presidência da República pagou pelo menos cinco viagens “de urgência” de Mantega para Brasília, para reuniões que teriam acontecido no “gabinete presidencial” e no “gabinete pessoal do presidente”. As passagens aéreas, bancadas com dinheiro do contribuinte, custaram 21 mil reais.

Planalto não revela com quem Mantega se encontrou na Presidência

Indagado a respeito das viagens, o Palácio do Planalto disse que “não houve agenda do presidente Lula com Guido Mantega nas datas citadas”. A Secretaria de Comunicação, no entanto, se recusou a informar com quem então o ex-ministro teria se encontrado no “gabinete pessoal” e “presidencial” e o motivo da “urgência”. Procurado, Guido Mantega também não quis se pronunciar.

Após os supostos encontros, Mantega foi contemplado com um cargo no conselho fiscal da Eletrobras, a estatal que foi privatizada no governo de Jair Bolsonaro. A União tem uma fatia de 45% da empresa. O nome do ex-ministro ainda vai passar pelo crivo de uma assembleia extraordinária da empresa no próximo dia 29.

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