Órgão internacional destaca alta de febre amarela no Brasil
Informe da Organização Panamericana de Saúde destaca o risco do surto se expandir pelo país e admite que há limitações de vacinas para toda a população
Informe divulgado neste fim de semana pela Organização Panamericana de Saúde (Opas), braço regional da Organização Mundial da Saúde (OMS), destaca o crescimento da febre amarela no Brasil. O órgão alerta para o risco de o surto no país se expandir e admite que há limitação de vacinas para toda a população.
A Opas afirma que a América Latina registra desde 2016 o maior número de casos da doença em décadas. “O aumento tem relação com um ecossistema favorável à disseminação do vírus e uma população não imunizada.” Entretanto, desde 13 de dezembro de 2017, apenas o Brasil teve novos casos.
Segundo a Opas, foram 777 casos entre o segundo semestre de 2016 e junho de 2017, com 261 mortes. Depois, porém, o país viveu uma fase de baixa transmissão. Recentemente, o número de macacos infectados surpreendeu. O informe diz que é preciso o uso racional da vacina, diante da limitação na disponibilidade, e que 95% da população em áreas afetadas devem ser vacinadas.
Campanha
Devido ao surto da doença no país, o Ministério da Saúde, seguindo recomendações da OMS, vai realizar em 75 municípios de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia campanhas de vacinação contra a febre amarela com doses fracionadas, entre fevereiro e março deste ano.
Segundo o ministro da saúde, Ricardo Barros, a campanha é uma medida preventiva e emergencial adotada em razão do crescimento da doença no país e será implementada em áreas selecionadas durante um período de 15 dias. “A dose fracionada, até o presente momento, tem mostrado exatamente a mesma capacidade de imunização que a dose integral”, disse.