Operação da PF mira esquema criminoso em consórcio de limpeza urbana em SP
Agentes cumprem mandados de busca em investigação que apura uso de notas frias para simular compra de material; empresa atua na capital paulista
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira, 4, a sétima fase da Operação Descarte, batizada de Chorume. A força-tarefa investiga um esquema de uso de notas fiscais frias para simular a compra de materiais para o consórcio responsável por parte da limpeza urbana na cidade de São Paulo.
Os agentes cumprem mandados de busca na capital paulista e em Barueri, Santana de Parnaíba, Francisco Morato, Santos e São José do Rio Preto. Há também buscas em três cidades fora do estado de São Paulo: Itajaí (Santa Catarina), Brasília (Distrito Federal) e Cidade Ocidental (Goiás).
As investigações identificaram um escritório de advocacia em São Paulo como o responsável pela emissão das notas frias e pela entrega em dinheiro em espécie a integrantes do esquema. Segundo a PF, a operação desta terça busca evidências sobre quem fornecia o montante e tenta confirmar uma tentativa de obstrução em fiscalizações da Receita Federal em 2017.
Nota da Polícia Federal sobre a operação informa que já foram identificadas três pessoas responsáveis pela entrega do dinheiro que o escritório de advocacia repassava aos seus clientes. Eles indicavam as contas bancárias de empresas fictícias, para as quais deveriam ser realizadas as transferências. Em seguida, devolviam o dinheiro em espécie, com a cobrança de uma taxa de 2 a 3% do montante por esse serviço.
Os alvos da operação podem responder pelos crimes de lavagem de dinheiro, evasão de divisas, sonegação tributária, violação de sigilo funcional, organização criminosa, embaraço a investigação de crime e corrupção ativa e passiva.