
Em setembro de 2018, VEJA completará cinquenta anos. Orgulha-nos fazer parte do cotidiano dos brasileiros, que têm a revista como parceira confiável da notícia exclusiva, relevante e cuidadosamente trabalhada. Em maio de 1980, Victor Civita, fundador da Editora Abril, escreveu um pequeno parágrafo que até hoje serve de norte e missão para o que VEJA publica: “A Abril está empenhada em contribuir para a difusão de informação, cultura e entretenimento, para o progresso da educação, a melhoria da qualidade de vida, o desenvolvimento da livre-iniciativa e o fortalecimento das instituições democráticas do país”. Os leitores de VEJA parecem dividir conosco esses anseios. São, em média, 1 200 000 revistas a cada sete dias, nas edições impressa e digital, segundo o levantamento do Instituto Verificador de Comunicação (IVC), para o primeiro trimestre de 2017. VEJA cresceu 8% em circulação, na comparação do primeiro trimestre de 2017 com o mesmo período de 2016. Tem 80% de share do mercado, à frente de outras marcas da categoria “títulos semanais de notícias e atualidades” — Época, IstoÉ e Carta Capital. VEJA é a segunda revista semanal mais lida do mundo, atrás apenas da americana Time, fundada em 1923. O site de VEJA recebe 23 milhões de visitantes únicos todos os meses.
O bom jornalismo não está imune a erros, e sempre que ocorrem é preciso admiti-los — eis um dos atalhos para o sucesso. Mas não restam dúvidas: sem a liberdade de a imprensa publicar tudo aquilo que incomoda os poderosos, qualquer democracia terminaria por se fragilizar. VEJA pretende continuar colaborando para o aprimoramento desse processo democrático. O avesso dele é o que ocorreu com a jornalista Miriam Leitão, de O Globo e da rádio CBN, que em sua coluna no jornal na semana passada revelou ter sido atacada verbalmente em um voo por parte de delegados do PT que, ao deixarem Brasília em 3 de junho, depois do congresso do partido, a agrediram com insultos. “Fui ameaçada, tive meu nome achincalhado e fui acusada de ter defendido posições que não defendo”, escreveu ela. Os ataques a Miriam são inaceitáveis, alimentam a intolerância e abrem ainda mais profundamente o fosso que separa o Brasil decente do país pendurado em mentiras. O ódio a bordo que atingiu a colunista é tão inadmissível quanto as vaias recebidas pelo ex-ministro Guido Mantega quando acompanhava sua mulher para exames em um hospital de São Paulo. Às vésperas de seu cinquentenário, tudo o que VEJA deseja é fazer valer as palavras de Victor Civita, por meio do jornalismo de qualidade e da vigilância permanente do poder, qualquer que seja o grupo que o detenha. Os números do IVC indicam que não estamos sós nessa missão. Pelo apoio, obrigado, leitor.
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