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O que diz a Polícia Civil sobre o estado dos corpos encontrados na Penha

De acordo com o secretário de Polícia Civil, Felipe Curi, além dos quatro policiais mortos, todas as vítimas eram traficantes

Por Flávio Monteiro
Atualizado em 29 out 2025, 20h21 - Publicado em 29 out 2025, 15h41

Um dia depois da operação mais letal da história do Rio de Janeiro, moradores do Complexo da Penha, na Zona Norte da capital, levaram pelo menos 74 corpos para uma das principais praças da comunidade. Vídeos e fotos mostram dezenas de cadáveres – muitos só de cueca – espalhados pelas ruas. O secretário de Estado de Polícia Civil, Felipe Curi, afirmou que todas as vítimas eram traficantes que se escondiam na mata com roupas camufladas, posteriormente retiradas.

“Parece que houve uma mágica desses corpos que estão aparecendo aí. Eles estavam na mata, temos imagens deles todos paramentados, com roupas camufladas, colete balístico, portando armas de guerra. E agora apareceram vários deles só de cueca ou só de short. Parece que eles entraram no portal e trocaram de roupa”, afirmou Curi, durante uma entrevista coletiva realizada nesta quarta-feira, 29.

Na presença de outras autoridades da segurança pública fluminense, Curi apresentou um vídeo que mostra pessoas aparentemente retirando as roupas dos supostos criminosos. Segundo ele, os responsáveis pelo ato serão alvo de inquérito. “É importante mencionar que a Polícia Civil está instaurando um inquérito policial na 22ª DP, na Penha, para investigar essas pessoas pelo crime de fraude processual”, declarou. Curi ainda sugeriu que os corpos podem ter sido manipulados ou forjados: “E não se surpreendam se aparecerem com lesões, com lesões à faca, com coisas, justamente para incriminar os policiais.”

A declaração de Curi foi reforçada pelo secretário de Estado de Polícia Militar, coronel Marcelo de Menezes. “É possível ver claramente a retirada de roupas camufladas e táticas de um dos corpos por pessoas que acompanhavam a cena”, afirmou Menezes. Ele disse ainda que todos os corpos passarão por perícia e que os agentes envolvidos na operação usavam câmeras corporais.

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A Operação Contenção mobilizou cerca de 2.500 agentes das polícias Civil e Militar, que afirmam ter concentrado os confrontos na Serra da Misericórdia — região que separa o Complexo da Penha do Complexo do Alemão. Segundo o balanço mais recente das autoridades, 119 pessoas morreram durante a ação. Embora a perícia e a identificação dos corpos ainda não tenham sido concluídas, o secretário Felipe Curi declarou que apenas quatro das vítimas não tinham ligação com o tráfico, enquanto as outras 115 seriam “narcoterroristas”.

Para o secretário de Segurança Pública, Victor Santos, o ‘contexto’ aponta que os mortos são todos criminosos, uma vez que estariam dentro da área de mata durante a operação. “Até por conta do horário, 5h30, 6h da manhã, dificilmente quem trabalha vai estar numa floresta, numa mata fechada, a não ser que esteja a serviço da organização criminosa que domina aquele território (…) A gente não consegue imaginar um inocente utilizando um colete balístico, mesmo que ele não esteja com a arma naquele momento. A gente não consegue ver o inocente usando um uniforme camuflado”, declarou Santos.

Contando com 100 mandados de prisão, incluindo 30 da Polícia Civil do Estado do Pará, e 180 mandados de busca e apreensão, a Operação Contenção tem um balanço atualizado de, até o momento, 133 presos, 10 adolescentes apreendidos e 118 armas recolhidas – 91 fuzis, 26 pistolas, 14 artefatos explosivos e um revólver.

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